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Centro Comunitário de Vialonga é segunda escola para os jovens

Centro Comunitário de Vialonga é segunda escola para os jovens

Natal Solidário foi organizado com a participação da comunidade

O Centro Comunitário de Vialonga acompanha actualmente quatro dezenas de jovens. O objectivo é ocupar-lhes os tempos livres e tirá-los da rua. É uma segunda escola para os mais jovens e um apoio para os mais velhos.

O nervoso miudinho é grande nos bastidores do anfiteatro do Centro Comunitário de Vialonga, concelho de Vila Franca de Xira. Elisabete Silva, 15 anos, Sara Lopes, 14 anos, e Lígia Mota, 13 anos, não escondem a ansiedade provocada pela responsabilidade de apresentar o espectáculo e dançar o “funaná”, uma dança tradicional africana, no âmbito da festa “Natal Solidário”, uma iniciativa do Centro Comunitário de Vialonga, que terminou no domingo. As três jovens deram as boas vindas a cerca de uma centena de pessoas que encheram a sala. O sucesso da primeira edição, em 2008, levou os responsáveis do centro a avançar com a segunda edição do “Natal Solidário”. A iniciativa teve início na sexta-feira, 19 de Dezembro, com a Ceia de Natal, apenas para os jovens que frequentam o Centro, o Clube de Jovens e a Rede de Jovens. A apresentadora de improviso, Elisabete Silva, começou a frequentar o Centro Comunitário este ano por influência de uma amiga. Tudo é novidade para a jovem. “Foi uma experiência única participar na organização do Natal Solidário e ensaiar os passos de dança que vamos apresentar”, explica nervosa.A jovem que frequenta o 8º ano e sonha ser juíza ou advogada acredita que ter optado por frequentar o Centro Comunitário de Vialonga foi a melhor decisão que tomou. E explica porquê. “Aqui posso fazer actividades que em casa ou na rua não fazia como dançar, pesquisar na internet ou ler”, conta.Ao contrário de Elisabete, Lígia Mota frequenta o centro desde o início, há cerca de três anos. Veio por sugestão da mãe para não estar sozinha em casa nos tempos livres. Adora navegar na Internet e dançar. Está-lhe no sangue. Talvez por isso sonhe ser patinadora ou dançarina. A jovem prefere estar no Centro Comunitário do que em casa sem ter nada que fazer. “Aqui sinto que o meu tempo é bem gasto. Somos ajudados e incentivados a praticarmos diversas actividades lúdicas. Deveria existir um centro em todas as localidades de modo a evitar que os jovens façam aquilo que não devem”, alerta.Opinião idêntica tem Sara Lopes diz sentir-se mais responsável desde que integra o grupo do Centro Comunitário há cerca de dois anos. “É um apoio importante para as crianças e jovens e uma forma de estarem entretidos e envolvidos em actividades que os prepara, para o futuro”.A coordenadora do Centro Comunitário de Vialonga, Clara Oliveira, explica que a instituição acompanha actualmente aproximadamente quatro dezenas de jovens. O principal objectivo é ocupar-lhes os tempos livres de forma a tirá-los da rua. “O Centro Comunitário de Vialonga tem vindo a adaptar-se às necessidades da população. Fazemos o acompanhamento das famílias referenciadas a vários níveis de forma a podermos ajudá-las e encaminhá-las da melhor maneira. Queremos que o Centro seja uma segunda escola para os mais jovens e um grande apoio para os mais velhos”, afirma a coordenadora.O Natal Solidário terminou no domingo com um espectáculo de animação que contou com a participação da Associação Orquestra de Vialonga, Grupo de Batuques da Associação de Africanos, Grupo de jovens do Centro Comunitário e o Grupo Raiz de Cabo Verde. A comunidade entregou roupas e calçado que o Centro Comunitário vai distribuir pelas famílias mais carenciadas de Vialonga.
Centro Comunitário de Vialonga é segunda escola para os jovens

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