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“É tempo de renovação com novas pessoas e novas ideias”

José António da Avó é o candidato do PSD à Câmara de Benavente

José António da Avó, 35 anos, auditor financeiro, é o candidato do PSD à Câmara Municipal de Benavente. Filho do ganadeiro samorense José da Avó, o autarca foi o cabeça de lista da coligação PSD-CDS/PP na freguesia de Samora Correia. Desta vez o PSD vai sozinho às urnas e com a ambição de destronar António José Ganhão que está há 30 anos no poder.

José da Avó é um jovem realizado profissionalmente. Porque é que aceitou ser candidato à câmara? Depois desta experiência de quatro anos na Assembleia de Freguesia de Samora Correia aprofundei os meus conhecimentos sobre a realidade do concelho de Benavente e senti que posso ser útil no projecto de desenvolvimento que defendemos para o município. O momento é de renovação e o PSD tem uma equipa que garante qualidades para este desafio.O actual presidente, António José Ganhão (CDU), está há 30 anos na câmara com votações muito expressivas. Quem está no poder parte com vantagem, mas pelo que tenho falado com muitos munícipes há um sentido de mudança e um sentimento de renovação com novas pessoas, novas ideias e um novo caminho para o concelho que tem pela frente oportunidades que não podem ser perdidas.Quais são as suas prioridades?Serei um presidente muito vocacionado para as questões sociais porque sinto que há muitas pessoas que precisam da nossa ajuda. Iremos ouvir as ideias dos elementos que fazem parte da lista para elaborarmos um compromisso forte. Todas as ideias serão bem vindas, vamos ouvir também os cidadãos para sabermos dos seus problemas e anseios.O regime de quotas obriga, pela primeira vez, à colocação de uma mulher em cada três candidatos. É uma dificuldade acrescida?É o lado mais fácil na elaboração das listas. O PSD não precisou da lei para reconhecer o valor das mulheres. Nas nossas listas no concelho de Benavente tínhamos uma percentagem de 40 a 50 por cento de mulheres.A sua vida profissional obriga-o a viagens e muitas ausências. Está disponível para abraçar a vida política a 100 por cento?Esta decisão foi ponderada e amadurecida. Candidato-me para ser presidente da câmara com uma necessidade de fazer obra e dar corpo a um projecto a cem por cento. Chegou o momento de fazer mais alguma coisa pela nossa terra e por este concelho. Benavente não pode cair no marasmo de alguns concelhos vizinhos. Vamos ter oportunidades únicas e eu quero integrar de corpo e alma a equipa que as vai aproveitar. Se não for eleito presidente, será um vereador da oposição em todas as reuniões?Eu sou candidato a presidente da câmara. É para ganhar que avançamos. Se os eleitores não nos derem a vitória, irei ponderar com a minha equipa o que será melhor para o concelho. Todos os nossos sete candidatos estarão disponíveis para ser vereadores.Se o actual presidente António Ganhão vencer será o seu último mandato. Em 2013 haverá com certeza um novo presidente. A sua candidatura tem essa perspectiva?Quem tem 35 anos, como eu, tem uma vida pela frente. Espero durar, pelo menos, mais 30 anos, e espero dar muito ao meu concelho ao longo da minha vida política.Dois argumentos para os eleitores não votarem no actual presidente?Eu prefiro avançar argumentos para votarem no José da Avó. Vamos trazer ideias novas, com novas pessoas. O nosso projecto não é para quatro anos, é para o futuro de um concelho que tem potencialidades e que temos que aproveitar e colocar ao serviço da melhoria da qualidade de vida das pessoas. A próxima década será decisiva e nós temos soluções para fazer um bom trabalho aproximando-nos mais das pessoas com uma grande preocupação social.Que balanço faz dos 30 anos de poder de António Ganhão?Não critico, há muitos aspectos positivos. O concelho tem evoluído. Com outras políticas a evolução teria sido mais rápida e com mais qualidade e é isso que nos propomos fazer.Um homem simples e discretoJosé da Avó faz parte de um grupo restrito de jovens bem sucedidos. É auditor financeiro numa das mais conceituadas empresas de auditoria, a Price Water House Coopers. Tem experiência em lidar com os números nas empresas e nas autarquias e conhece bem a realidade do concelho onde sempre viveu. Nasceu numa família de ganadeiros (Casa José da Avó), cresceu com os toiros bravos. É aficionado pela festa brava e integra uma das tertúlias mais dinâmicas de Samora Correia. Quem não o conhece bem, tem a imagem de um homem distante. Os amigos dizem que é tímido e apontam-lhe qualidades profissionais e pessoais. Como autarca, faz uma oposição discreta na freguesia de Samora Correia, mas participou em todas as comissões específicas. “É um homem de mais acção que palavras”, refere um dos amigos.José da Avó é solteiro e dedicou os últimos anos da sua vida à carreira profissional. Agora quer colocar a sua experiência ao serviço dos outros e encara a política como uma missão. “Ser presidente de câmara não me traz vantagens financeiras. É uma opção de vida”, conclui.

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