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Augusto Mateus defende programa de despesa pública com medidas conjunturais

O ex-ministro da Economia, Augusto Mateus, defende um programa de despesa pública, “claramente orientado” para o futuro, com medidas conjunturais que alterem os comportamentos pró-ciclicos dominantes na actual conjuntura. “Não há espaço para voltar ao passado, há sim espaço para aquilo que se chama o ‘defice expending’, ou seja, despesa suportada em défice”, sustentou o economista durante um debate organizado pela consultora PriceWaterhouseCoopers. Para Augusto Mateus, perante um cenário de recessão e desaceleração mundial, é preciso tomar opções de política económica “a sério”, “concentrada em resultados” e “com eficácia”. “Estamos perante a maior crise de sempre, está escancarado que as medidas a tomar não podem ser só uma pequena adaptação. Não se podem estragar os sacrifícios feitos no passado, mas é preciso um programa de intervenção para enfrentar uma situação inteiramente nova”. disse. Mateus admite assim um programa de despesa pública orientada em três eixos: gestão urbana, eficiência energética e combate às desigualdades económicas. “Devem ser ajudados os sectores económicos que têm futuro e não aqueles que não têm futuro algum na Zona Euro”, disse o ex-ministro. “Se se admite um défice de 4 por cento porque é que não se pode admitir um de 6 por cento”, questionou. Augusto Mateus acredita que só pela via do “bom investimento público” os países se irão diferenciar no final entre aqueles que fizeram “boas apostas” dos que não as fizeram. “O resto é combater o pessimismo e gerir a responsabilização dos agentes económicos”, concluiu. Depois do sector automóvel, o economista estima que sejam a electrónica do consumo e a actividade turística os sectores mais afectados pela crise na economia real devido à retracção generalizada do consumo.

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