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Trabalhadores no activo da Fleximol desmentem colegas suspensos

Comissão sindical de trabalhadores suspensos da empresa fala em pressões das chefias

Administração da Fleximol continua sem prestar esclarecimentos, apesar dos contactos feitos pelo nosso jornal.

Um grupo de 68 trabalhadores da Fleximol - Suspensões para Veículos SA, que se encontram no activo, subscreveu um abaixo-assinado no qual reclama que a notícia da suspensão dos contratos de 72 funcionários e respectiva redução de salários falta à veracidade dos factos (sem mencionar que factos) e que quem está a laborar devia ter sido ouvido.Um dos trabalhadores disse a O MIRANTE que o abaixo-assinado nasceu por iniciativa dos funcionários no activo depois de lerem a notícia e garante que a acusação de estar a ser feito trabalho suplementar é falsa. “As pessoas podem entrar às seis da manhã mas saem ao fim das oito horas de trabalho, e o mesmo se passa se têm de sair mais tarde”, realçou, preferindo não se identificar. Em tempo oportuno a empresa foi contactada para se tentar esclarecer o assunto. Primeiro, telefonicamente, disseram que não se iria comentar a matéria. Depois, após envio de questões por e-mail, não houve qualquer resposta.Recorde-se que dia 20 de Janeiro cerca de 50 trabalhadores com contratos suspensos reuniram na Junta de Freguesia do Cartaxo e, em conjunto com o representante do Sindicato dos Metalúrgicos, disseram que a unidade estava a laborar 12 horas diárias, o mesmo acontecendo com o forno, “alimentado” 16 horas. Na altura foi marcado um plenário para 9 de Fevereiro, pelas 10h00, nas instalações da empresa, com o objectivo de sensibilizar todos os trabalhadores para o problema.O mesmo trabalhador no activo considera que o plenário vai passar ao lado de muitos trabalhadores, que estão mais preocupados em manter os seus empregos e a viabilidade da empresa. “Só a laborar é que a empresa pode ser viável para os que estão dentro e para os que estão fora neste momento”, acrescenta.Na sequência de decisão da administração da empresa tomada a 12 de Janeiro, durante seis meses os 72 trabalhadores suspensos recebem apenas dois terços do salário (70 por cento dos quais pagos pela Segurança Social e 30 por cento pagos pela empresa). Muitos que auferem salários baixos vão apenas receber montante idêntico ao salário mínimo nacional durante meio ano. Em reacção à posição dos trabalhadores no activo, um trabalhador com contrato suspenso considera que o abaixo-assinado só pode ter origem em pressões da administração e dos respectivos chefes de secção sobre os trabalhadores. “Esse comunicado não nos diz nada. Para quem quiser saber se está ou não a ser prestado trabalho suplementar e horas a mais no forno basta dirigir-se à empresa às seis da manhã e ver com os próprios olhos, quando para funcionar além do horário 08h00-17h00 a empresa precisa de autorização do Ministério do Trabalho”, alega.O MIRANTE voltou a contactar a administração da Fleximol, que nunca respondeu aos vários contactos através de telefone e de e-mail. Styria Impormol não passou trabalho para a FleximolEsta quarta-feira, no dia de fecho desta edição, recebemos um pedido de direito de resposta por parte da administração da Styria Impormol S.A. com um curto texto que reproduzimos no parágrafo seguinte na íntegra. Recorde-se que dois representantes de trabalhadores tinham dito, em declarações reproduzidas na anterior edição de O MIRANTE, que a Impormol teria passado trabalho para Fleximol.“As declarações proferidas pelos Srs. José Carlos dos Santos e Francisco Cera, integrando uma comissão sindical em representação dos trabalhadores e da Fleximol, são absolutamente incorrectas. A administração da Styria Impormol S.A. declara expressamente que não houve, nem sequer está a ser planeada, nenhuma deslocação de encomendas para a empresa Fleximol – Suspensões para Veículos, S.A. Declara-se igualmente que a Styria Impormol também foi confrontada com uma drástica descida das encomendas”.

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