uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
“O Alentejo não tem sido mãos largas connosco”

“O Alentejo não tem sido mãos largas connosco”

Autarcas socialistas da Lezíria do Tejo pedem ajuda ao secretário de Estado Jorge Lacão

A escassez de apoios concedidos às empresas ribatejanas pelo Programa Operacional do Alentejo é uma fonte de preocupação.

Os presidentes de câmara socialistas da Lezíria do Tejo reuniram-se recentemente em Almeirim com o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros para manifestarem a sua preocupação com a escassez de incentivos aprovados para as empresas da região pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo. O presidente da Câmara de Almeirim e da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIM-LT), José Sousa Gomes (PS), admite que “o Alentejo não tem sido mãos largas para com a nossa região” e dá como exemplo o caso do programa de incentivos para regeneração urbana em que nenhuma candidatura de municípios da Lezíria foi contemplada na primeira fase. “Tenho a sensação que a entrada no Alentejo nos trouxe um estatuto que não nos é muito favorável”, afirma o autarca.A intenção dos autarcas foi sensibilizar o secretário de Estado Jorge Lacão para uma questão que já há algumas semanas tinha sido denunciada pela Associação Empresarial da Região de Santarém – Nersant. No dia 6 de Dezembro, o Conselho Geral da Nersant reuniu para analisar um relatório que aponta para uma taxa de reprovação das candidaturas das empresas da Lezíria ao Programa Operacional Regional do Alentejo da ordem dos 79 por cento.Em reacção, a comissão directiva do Programa Operacional do Alentejo (INALENTEJO) afirmou "não encontrar justificação" para a tomada de posição da Nersant, alegando que a Lezíria, com os seus 11 municípios (num total de 58 abrangidos), é "uma parcela de um conjunto mais vasto", não sendo as duas realidades "comparáveis". Uma posição semelhante à que foi expressa em resposta ao presidente da Câmara de Santarém, Francisco Moita Flores (PSD), quando este acusou a presidente da CCDRA, Maria Leal Monteiro, de ser “uma comissária política dos interesses do Partido Socialista do Alentejo, que é quem lhe garante o lugar", privilegiando essa região em detrimento do Vale do Tejo.O presidente da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo não vai tão longe nas acusações. Mas Sousa Gomes sempre diz esperar que cheguem ecos da reunião com Jorge Lacão ao Alentejo, para que os municípios da Lezíria do Tejo não sejam discriminados na hora de distribuir os fundos comunitários.Refira-se que os municípios ribatejanos saíram da Região de Lisboa e Vale do Tejo para assim poderem ter acesso aos fundos comunitários destinados a zonas mais desfavorecidas. Nessa operação, executada durante o Governo de Durão Barroso, os municípios da Lezíria do Tejo foram integrados no Alentejo, com sede em Évora, e os municípios do Médio Tejo passaram a incorporar a Região Centro sedeada em Coimbra.
“O Alentejo não tem sido mãos largas connosco”

Mais Notícias

    A carregar...