Carinho, atenção e satisfação, além de uma visão mais nítida, são palavras que saem naturalmente da boca dos 12 pacientes do concelho de Santarém que foram operados aos olhos em Cuba com o apoio do município escalabitano. No dia 4 de Fevereiro almoçaram com o presidente da edilidade, Francisco Moita Flores, num restaurante da cidade.Maria Delgado Martins, de 72 anos, da Póvoa da Isenta, vê tudo mais nítido depois de duas semanas de tratamentos em Cuba. “Dantes só via uma neblina à frente”, diz. De Cuba guarda a atenção e carinho dos profissionais da clínica onde foi tratada. Mas também gostou da ilha, apesar do pouco tempo que tiveram para a conhecer. “Fizermos tratamento todos os dias e depois íamos para a residencial. Só no último dia é demos uma volta maior por Havana de carro”.Técnica de contabilidade na Câmara de Santarém, Ana Paula Silva, 46 anos, soube da iniciativa nos corredores da autarquia. Com um problema de estrabismo, e sempre a lacrimejar, não pensou duas vezes em inscrever-se. “Há três anos que andava a tentar resolver o problema do estrabismo em privados e pediam-me sempre 1.500 a 2.000 euros. Em relação ao choro constante diziam-me sempre que iria passar com o tempo. Depois da operação em Cuba já não tenho as conjuntivites que costumava ter e estou a ver melhor”, constata Ana Paula. O presidente da Câmara de Santarém saudou os regressados e a melhoria do seu estado de saúde e recordou a polémica decisão da autarquia. “Esta polémica foi das provocações que mais gozo me deu desde que sou presidente da câmara. Desmascarou a hipocrisia dos que discursavam sobre a saúde e nada fizeram”, disse Francisco Moita Flores. A câmara vai apoiar mais 12 doentes oftalmológicos para serem tratados em Cuba.