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José Jorge Primor

José Jorge Primor

Empresário nas áreas do frio e climatização

José Jorge Primor, 60 anos, natural de Lisboa, vive em Vila Franca de Xira e todos os dias se desloca para Santarém pela estrada nacional para gerir a Electrorecâmbio e a JP Clima, duas empresas que operam no comércio montagem e assistência de sistemas de frio e climatização. O empresário foi atleta de alta competição. É benfiquista mas representou o Sporting com o mesmo profissionalismo que vestiu a camisola de águia ao peito.

Comecei a chefiar muito jovem e atingindo o limite na minha carreira como trabalhador por conta de outrem decidi arriscar como empresário e aceitei o desafio de um grupo de empresários. Criei a Electrorecâmbio com um amigo que já estava na área dos electrodomésticos e acessórios. Felizmente as coisas correram bem e estamos com 25 anos de actividade.Dediquei-me inicialmente ao frio industrial e, por sugestão de um cliente, começámos a fazer climatização quando ainda estava a dar os primeiros passos em Portugal. Foi um novo nicho de mercado, do qual se sabia pouco. Estudámos o negócio e fomos avançando passo a passo com uma grande aposta na formação dos nossos colaboradores e na certificação. Foi um grande investimento, nem sempre reconhecido. É raro um cliente questionar-nos se estamos certificados e se temos alvará. O mercado aberto é positivo, mas o grande cancro é a concorrência desleal proporcionada pela economia paralela. Temos pessoas sem certificação, sem qualidade a prestar serviços e a vender sem facturar. Quem tem uma loja aberta com tudo em ordem, paga todos os impostos e os custos da formação e certificação. Não pode concorrer com estes falsos empresários. Todos deviam ter as mesmas regras.Os painéis solares para aproveitamento da energia solar era um luxo. Felizmente a nova legislação e as novas gerações encaram as energias alternativas como uma necessidade para poupar o ambiente e poupar dinheiro. Defendo que devia haver uma redução do IVA (12 por cento) nestes equipamentos e deviam aumentar as deduções em IRS e IRC. As energias alternativas são um caminho inevitável. Ser bom profissional implica ser honesto, ter boa apresentação, tratar bem o cliente e os colegas e desempenhar as funções na plenitude. Nas minhas empresas valorizo os colaboradores. Se houver dificuldade, posso deixar de comprar mais um carro para garantir um posto de trabalho. Para mim é sagrado. Orgulho-me de dizer que os poucos colaboradores que saíram da empresa continuam a ser meus amigos. O que os bancos fizeram com a concessão de crédito de toda a maneira é desumano. As pessoas não estavam preparadas para lidar com as facilidades que lhes deram e caíram num buraco sem saída porque Portugal nunca apostou seriamente na educação e na formação cívica das pessoas. As pessoas não têm dinheiro para gastar e têm algum medo do futuro porque todos os dias há centenas de novos desempregados e empresas a fechar portas. A nossa área ressente-se porque vendemos equipamentos e serviços que ainda não são considerados prioritários. Quem não tem dinheiro para a alimentação e despesas fixas não pode comprar ar condicionado ou painéis solares.Fiz parte da Associação Comercial de Santarém e gostava de dar mais a esta cidade mas vivendo em Vila Franca é complicado. Optei por ficar lá para poder proporcionar um melhor acompanhamento dos meus filhos por parte da mãe e dos avós. A viagem custa a fazer e já sai cara, mas gosto de viver em Vila Franca que é uma aldeia em ponto grande. Gosto de toiros, mas não sou um grande aficionado. Prefiro o desporto.Fui atleta de alta competição do Benfica em velocidade pura. Fui ginasta, fiz saltos de mesa alemã e natação. Um amigo meu, jogador de andebol, levou-me para o Sporting para jogar voleibol, quando os dois campos eram mesmo ao lado. Joguei com a mesma entrega com que fazia no Benfica. O importante era o desporto e evoluir como atleta. Os atletas do Benfica e Sporting conviviam de uma forma saudável.Nelson Silva Lopes
José Jorge Primor

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