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Hóquei em patins do Vilafranquense deixa imagem negativa nos Açores

Hóquei em patins do Vilafranquense deixa imagem negativa nos Açores

Equipa de hóquei em patins só levou cinco jogadores

A equipa de Vila Franca começou o jogo em inferioridade numérica com apenas quatro jogadores. Três de campo e o guarda-redes. Época mal programada e dificuldades financeiras graves na origem de um caso insólito no desporto.

A equipa de hóquei em patins da União Desportiva Vilafranquense deu uma imagem desprestigiante do clube e da própria região na sua deslocação aos açores para jogar contra o Santa Clara. Numa partida a contar para o campeonato nacional da segunda divisão, zona sul, em que deviam ser cinco contra cinco e ter a duração de 50 minutos, nem uma coisa nem outra aconteceu. A equipa de Vila Franca começou o jogo com apenas quatro jogadores, três de campo e o guarda-redes, e aos 15 minutos da primeira parte o árbitro apitou para o final da partida, por falta de jogadores de campo da União Desportiva Vilafranquense.O treinador da equipa explica o que se passou.” Vários jogadores não puderam viajar por questões profissionais e como a direcção não tinha dinheiro para lhes pagar o dia de trabalho, não embarcaram. Tínhamos dois lesionados, o capitão da equipa estava castigado e à última da hora faltou mais um, quando já estávamos no aeroporto. Só levei três jogadores de campo e mais dois guarda-redes”, revela Ricardito Levezinho.A situação complicou-se quando um dos três jogadores se lesionou logo no início da partida. “ Ficamos só com dois jogadores de campo e o guarda-redes. Não íamos jogar dois contra quatro. Estávamos a perder por sete a um, faltavam cerca de dez minutos para o final da primeira parte e um dos nossos jogadores forçou o cartão azul para assim acabar o jogo”, conta o treinador.Ricardito Levezinho diz com tristeza que em tantos anos ligados à modalidade e à União Desportiva Vilafranquense, nunca tinha passado por uma situação igual. Afirma que para um clube com o estatuto e a história que o Vilafranquense tem no hóquei, esta situação não é nada dignificante.Abraçou o projecto já com o campeonato em andamento e na sua opinião a época foi mal programada. “O clube subiu de divisão na época passada mas foram embora seis jogadores titulares e a equipa não se reforçou convenientemente, pois os hoquistas que vieram não fazem a mais valia e agora temos que nos sujeitar àquilo que temos”, refere.Lamenta ainda a falta de interesse de alguns atletas, já que nos treinos, dos treze inscritos para a presente época, aparecem dois ou três jogadores. Por isso, passaram de três para dois dias o número de treinos semanais. Mesmo assim não adiantou muito.O facto de o clube não ter dinheiro é também uma das razões apontadas pelo momento negativo que a União atravessa. Ricardito Levezinho reconhece que a actual direcção tem feito um bom trabalho mas faltam os apoios e sobram as dívidas.O presidente da União Desportiva Vilafranquense não gostou do que se passou mas diz que não se pode obrigar os atletas a jogar porque não são profissionais. “Não podemos castigar os jogadores pois não lhes pagamos. Estamos habituados a perder por muitos e ainda não ganhamos esta época”, diz Joaquim Pedrosa.Refere que o clube está em crise financeira mas que nos últimos três anos de mandato, conseguiu baixar ligeiramente a divida de três milhões e meio de euros. Garante que apesar deste lamentável episódio, a secção de hóquei em patins vai continuar a existir.
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