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Oportuno Serafim das Neves

Oportuno Serafim das Neves

Começo pela Cristina Branco, essa leoa de Almeirim que canta e encanta. Na secção “Culto”, da Revista Única, elegeu como regra de ouro da vida uma frase do Mário Cesariny de Vasconcelos: “O importante é f…”. Já era fã. Agora sou super-fã. Força Cristina!!!E pensar que os tipos do PSD lá da assembleia municipal não gostaram que lhe fosse atribuída a medalha de ouro da cidade. Agora, se calhar estão murchinhos. Murchinhos de todo, perante tanto viço. Ela quer lá saber de medalhas e medalhinhas. Ah grande Cesariny que tão bem inspiras mulheres bonitas como a Cristina. Numa terra como Almeirim onde o pão tradicional se chama caralhota é uma honra ter uma cantora que além de boa voz tem bom gosto. E que não tem papas na língua. Não haverá um Tsunami que varra aquela gente da assembleia toda para a vala de Alpiarça??!! Com tanta riqueza à mão de semear, aquele pessoal não consegue falar de mais nada que não seja os sobreiros da herdade dos Gagos e as contas do advogado do vereador Francisco Maurício? Já agora que estou com a mão na massa deixo aqui uma sugestão. Em vez de uma prisão porque não fazem o novo Hospital Júlio de Matos em Paço dos Negros? Pelo menos já lá tinham matéria-prima em abundância, a avaliar pelo conteúdo das discussões que vamos ouvindo.Vejo que estás na crista da onda e que já aderiste ao discurso oficial que apresenta a crise como uma janela de oportunidades. No teu caso é mais uma varanda de oportunidades tantas são elas. A hipoteca do carro vista como forma de evitar o carjacking e a perda da casa a favor do banco por falta de pagamento de empréstimo encarada como uma forma de poupar no condomínio, são as minhas preferidas. Em Coruche o presidente da junta não convenceu o presidente da câmara a aprovar um “pacote social” para ajudar as famílias que, segundo ele, andam há meses a comer arroz com banha, mas pode ter-lhe dado uma ideia para uma nova iniciativa gastronómica. Ora ali está mais uma das tais janelas de oportunidades de que falas. Pela minha parte não me queixo. O banco cancelou-me os cartões de crédito e foi remédio santo para as crises da Maria. Tanto médico a diagnosticar-lhe o sindroma da compradora compulsiva e a afiançar-me que não havia tratamento e afinal ela já está completamente curada. Abençoada seja a banca. Já fui de joelhos até à porta do balcão cá do bairro e pus-lhe uma velinha à porta. Só não cantei o Avé, Avé porque estou rouco.O que me preocupa agora não é a crise. É a vontade dos políticos em acabar com a crise. Anda tudo numa roda-viva a propor isenções, gabinetes de crise, ajudas espaciais, casas à borla, água grátis, descontos nas licenças. Ou muito me engano ou um dia destes as câmaras municipais entram em bancarota e têm que ser nacionalizadas pelo Governo…se o Governo ainda não tiver sido nacionalizado pelos nossos credores internacionais. O que, pensando melhor…até não era má ideia.Um abraço social Manuel Serra d’Aire
Oportuno Serafim das Neves

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