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Populares querem equipamentos de Alhandra em zona mais acessível

Populares querem equipamentos de Alhandra em zona mais acessível

Proposta da câmara municipal não é vista com bons olhos por cidadãos
O futuro Centro de Saúde de Alhandra pode não ter terreno garantido. A paróquia local reuniu dia 10 de Março com a população para discutir a cedência do Quintal de São Francisco à Câmara Municipal de Vila Franca de Xira para a construção do equipamento e a maioria dos cidadãos e fiéis está contra a ideia. Entre os motivos da discórdia está a permuta proposta pela autarquia, que passaria a deter em direito de superfície o Quintal de São Francisco, tendo de, em troca, construir um centro paroquial junto às casas mortuárias. Vários cidadãos preferem o centro paroquial numa zona de Alhandra mais acessível aos idosos e consideram que o próprio centro de saúde deve ficar noutra zona da vila. O padre José Gonçalves, que dirige a paróquia, também desmonta a garantia dada pela presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira de que a cedência do terreno para o centro de saúde está garantida. “É uma mentira pegada”, assegura o pároco. “Nunca houve nenhuma aprovação da parte do Patriarcado de Lisboa”. A autarca, refere o prior, tomou como certa uma “mera conversa de princípio” e a paróquia, em conjunto com o patriarcado, “vão exigir mais compensações”. Entre as propostas feitas pelos cidadãos está a partilha do Quintal de São Francisco para os dois equipamentos. A construção do centro de saúde numa zona mais próxima da Estrada Nacional é outra das sugestões. Rui Perdigão, arquitecto e membro da associação Xiradania, é outra das vozes para quem “nada está ainda decidido”. O arquitecto salienta que “o principal problema é da mobilidade e acesso ao futuro espaço”. O técnico acrescenta que a zona prevista para o centro paroquial devia “ser tratada para ser uma zona verde”, mas vê com bons olhos a partilha do Quintal de São Francisco entre o centro paroquial e o centro de saúde. “Nada obriga a Igreja Católica a vender o terreno”, nota.João Carlos Gaspar, deputado e presidente da assembleia municipal, esteve no local como cidadão e considerou que “talvez seja um pouco egoísta da parte dos católicos não permitir que o centro de saúde tenha algo tão essencial como um terreno”. O deputado apresentou um requerimento ao Governo questionando a construção do centro de saúde em tempo útil. A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira oferece 226 mil euros pela cedência do terreno em direito de superfície e deu em Janeiro como garantida a construção do equipamento de saúde naquele local.
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