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Viriato Carneiro

Viriato Carneiro

38 anos, economista, Alverca do Ribatejo

“Podia-se tentar travar um pouco a expansão do comércio a nível das grandes superfícies mas se a procura vai por aí é difícil de conter. É o que os consumidores preferem pois há mais diversidade e melhores preços”.

O que faz falta a Alverca?Parar um bocadinho com a explosão do imobiliário. Construir infra-estruturas ao nível do lazer, aumentar o tecido industrial da região e desenvolver o sector dos serviços. Tudo isto iria permitir a criação de mais emprego.As grandes superfícies asfixiam o comércio tradicional?Isso é inevitável. Neste momento é impensável voltar atrás. Podia-se tentar travar um pouco a expansão do comércio a nível das grandes superfícies mas se a procura vai por aí é difícil de conter. É o que os consumidores preferem pois há mais diversidade e melhores preços.As eleições [legislativas, autárquicas e europeias] deviam realizar-se no mesmo dia?Não. Considero que cada eleição deve acontecer no seu tempo porque as pessoas misturam. E fazer as campanhas em simultâneo iria ser uma confusão. O que pensa do momento socioeconómico que atravessamos?É uma grande oportunidade para se rever muitas coisas do modelo económico que estava vigente. Demasiado liberalizado. Acho que se tem de pensar muito bem o modelo que se quer para o futuro e este é o momento ideal para o fazer.Que leitura faz da visita do presidente de Angola ao nosso país?Portugal, como tem dificuldades financeiras, está a assumir relações privilegiadas com países que não devia. Não só Angola como também a Venezuela. Países que não são democráticos e não têm os mesmos valores que nós. Deve-se manter relações comerciais cordiais mas não devem ser assumidos como nossos grandes aliados. Mas os números estão a falar mais alto.Que opinião tem sobre os órgãos de Comunicação Social?Acho que são razoáveis. Não tinha uma grande opinião mas viajei para Itália e durante quinze dias vi os canais italianos. A partir daí comecei a gostar mais da televisão portuguesa. Muitas notícias são de agência e quando um canal veicula uma informação os outros vão atrás, mas mesmo assim existem bons jornalistas no nosso país. É pena serem poucos aqueles que têm independência para aprofundarem as investigações. Muitas são influenciadas pelo poder político e seria bom que os jornalistas fizessem o trabalho sem ceder a pressões.Portugal tem condições para suportar um quinto canal generalista?Não conheço os mercados, a publicidade ou os custos de um canal de televisão. Seria mais uma opção, mas se for mais do mesmo então não vele a pena. Todos têm o mesmo tipo de programação às mesmas horas.Onde costuma gozar as férias?No Algarve com a família durante duas semanas e mais alguns fins-de-semana quando é possível.
Viriato Carneiro

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