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Comissão alargada pretende combater efeitos da crise na região

Sindicatos, empresários, autarquias e organismos estatais conjugam esforços

Nersant defende que não haja divulgação pública das empresas em dificuldades, para que os problemas não se agravem junto de clientes, fornecedores e da banca.

A "comissão informal" criada para avaliar os impactos da crise no distrito de Santarém vai procurar garantir a viabilidade das empresas em dificuldades e manter o nível de emprego. Na última reunião, realizada a 18 de Março, ficou definida a intenção de "ajudar a resolver os problemas das empresas e tentar agilizar a aplicação das medidas excepcionais de resposta à crise criadas pelo Governo, avaliando-as caso a caso, funcionando como um mecanismo de lubrificação deste processo”, explicou o governador civil de Santarém, Paulo Fonseca, destacando as preocupações com “a sobrevivência das empresas e a manutenção do nível de emprego”.O presidente da Nersant, José Eduardo Carvalho, afirma que a proposta de criação dessa comissão surgiu na sequência de reuniões realizadas com as estruturas sindicais – um diálogo que ocorreu pela primeira vez em 20 anos de associação. Nesses contactos a Nersant defendeu, entre outras posições, que “não haja uma divulgação pública das empresas que estão em dificuldades, porque cria desmotivação maior nos trabalhadores, cria problemas com os bancos, clientes e fornecedores, agravando ainda mais os problemas”.A comissão agrega o Governo Civil de Santarém, a Associação Empresarial da Região de Santarém – Nersant, a União dos Sindicatos de Santarém (USS-CGTP), a delegação distrital da UGT, as Comunidades Intermunicipais do distrito – Médio Tejo e Lezíria do Tejo –, o Instituto do Emprego e Formação Profissional, o Centro Distrital de Segurança Social e a Autoridade para as Condições do Trabalho.“Com olhares diferentes, queremos fazer uma avaliação correcta do momento das empresas e do emprego no distrito”, sublinhou Paulo Fonseca, enaltecendo a “inspiração de concertação social” da comissão, que reunirá quinzenalmente, após o que cada uma das entidades integrantes da “comissão informal” vai “contactar directamente com as empresas em maiores dificuldades”. Apelando à colaboração do “sistema financeiro”, o governador civil define como objectivo “traçar um diagnóstico, por forma, a encontrar mecanismos que garantam os empregos, a viabilidade das empresas e evitem sobressaltos sociais”.Já a União de Sindicatos de Santarém, em comunicado, refere que na última reunião o Governo Civil “comprometeu-se a dar respostas à situação dos trabalhadores de quatro grandes empresas do distrito onde os salários estão em atraso e/ou em situação de insolvência”. E diz que a 1 de Abril espera resposta às medidas que apresentou para acautelar o emprego e os direitos dos trabalhadores “e quer saber quais as medidas que o Governo e o patronato tomaram quanto ao futuro das empresas e dos postos de trabalho em causa”.

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