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Uma história de arrepiar em registo musical

Uma história de arrepiar em registo musical

Grupo ensaia na Póvoa de Santa Iria e quer arrancar com espectáculos no Verão

Contam uma história de mistério num espectáculo musical com uma componente teatral. The Godpeed Society juntam uma das vozes que acompanha Moonspell, antigos membros de Sarcastic e músicos como o saxofonista Paulo Pereira ou a acordeonista Ana Sofia Campeã.

Uma jovem mulher morre às mãos de um namorado cuja face ela nunca verdadeiramente conheceu e volta, em espírito, para o perseguir. E um amigo da falecida que investiga a morte daquela por quem em tempos se apaixonou, numa cidade obscura à beira-rio que existe apenas no futuro, embora imersa nas memórias do passado. Estas são as linhas gerais “Killing Tale”, a primeira criação da banda “The Godspeed Society”, que ensaia na Póvoa de Santa Iria, concelho de Vila Franca de Xira, e promete percorrer o país durante o Verão com um espectáculo onde música e teatro se combinam num ambiente de mistério. “Queremos actuar em espaços que tenham condições, fora das grandes cidades. O espectáculo depende de uma atmosfera intimista, que queremos manter”, explica Nelo, teclista e guitarrista do grupo. F., que prefere manter o anonimato em virtude da personagem que interpreta, o vilão No Face, sublinha que “o espectáculo é direccionado para todas as idades e gostos musicais, e fora da capital, as pessoas também devem ter acesso a bons espectáculos”. No palco, entre luzes e som, os mentores do projecto prometem aliar à música, rock, com notas de jazz e folk, uma componente teatral. “A música guia as cenas da história, mas também o contrário por vezes acontece”, explica Sílvia, que dá voz a Baby, a vítima que assombra o seu assassino. Na concepção do projecto, os três membros, que estiveram juntos na antiga banda Sarcastic, contam com mais cinco elementos no grupo. Rolando, na guitarra, assegura a personagem Father Mac; Pedro Calhas, na bateria, interpreta Louie; Paulo Pereira, toca saxofone, flauta e dá vida a Mr. Whistler. A acordeonista Ana Sofia Campeã toca o instrumento que a celebrizou e interpreta Peggy, enquanto a personagem Cherry é interpretada por Ana Rosa Nobre, que também canta. O projecto, que compreende um conjunto de actuações em palco e a gravação de um álbum, já despertou o interesse de uma grande editora. Para o espectáculo, o grupo está receptivo a mecenas mas declara-se preparado para avançar com meios próprios. “A experiência que ganhámos nas experiências musicais anteriores dá-nos outra segurança e permite-nos saber bem que queremos”, sublinha F. A apresentação do registo em álbum vai incluir, no livrete do disco, uma versão da história em banda desenhada. “Queremos dar algo mais a quem compra o álbum original”, refere. F. O grupo confia na Internet como principal forma de divulgação. “Ficámos surpreendidos com a quantidade de pessoas ouviram a primeira música muito poucas horas depois de a colocarmos na nossa página de My Space”, explica Nelo. A primeira música colocada online, “Dark River”, “resume o início da história. Agora, é precisam que as pessoas nos venham ver para perceberem como tudo se irá passar”, conta Sílvia. Os The Godspeed Society foram formados em 2008 contam nos seus membros fundadores com três elementos de Sarcastic com outros músicos e cantores. Sílvia, a vocalista principal, integra também o grupo “Chrystal Mountain Singers”, que realiza os coros de Moonspell. F. trabalha na área da engenharia de som e compõe também. Nelo continua ligado à música, compondo habitualmente, sem que tenha gravado qualquer registo em nome individual.
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