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IGESPAR prepara classificação global do Aqueduto dos Pegões

IGESPAR prepara classificação global do Aqueduto dos Pegões

Até agora só um dos troços estava classificado como monumento nacional
O Aqueduto dos Pegões, em Tomar, poderá em breve ser classificado na sua globalidade como imóvel de interesse público ou monumento nacional. Até agora apenas um troço, que liga a casa da mãe de àgua à jusante dos Pegões, se encontrava classificado, desde 1910, como monumento nacional. A informação foi avançada a O MIRANTE pelo presidente do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico (IGESPAR), Elísio Summervile, no sábado, Dia Internacional dos Monumentos e Sítios. “Neste momento estamos a delinear a zona de protecção especial (ZEP) de cinquenta metros, obrigatória por lei, em redor de todo o monumento”, disse o responsável. Após esta medida técnica, o processo é enviado para o município entrando na fase instrutória. É nesse momento que os proprietários dos terrenos circundantes podem ou não reclamar em relação à determinação da ZEP. Segue então para um conselho consultivo que decide a sua classificação sendo a mesma publicada em Diário da República. “Até ao fim deste ano o processo deve ficar concluído e emitido o despacho ministerial”, assegurou o responsável, frisando que a actual ZEP não representa uma medida de protecção efectiva, nem visível no terreno. “É necessário estender e alargar a protecção do imóvel para impedir que se façam certas intervenções em seu redor”, explicou. Segundo Elísio Summerville, cerca de 260 imóveis que estavam classificados não tinham ainda uma zona de protecção especial definida e este era também o caso do Aqueduto dos Pegões. “A reorganização do património classificado é um trabalho invisível que estivemos a desenvolver nos últimos três anos”, apontou.O Aqueduto dos Pegões, com seis metros de extensão, foi construído nos séculos XVI a XVII com a finalidade de abastecer de água o Convento de Cristo em Tomar. Segundo informação do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, o estado de degradação do monumento foi mais visível a partir de 1972, encontrando-se demolido em alguns troços e em ruína noutros. Em 1979 foi redefinida a Zona Especial de Protecção e a Câmara Municipal de Tomar colocou a hipótese da aquisição dos terrenos dentro da ZEP do Aqueduto com vista ao arranjo e enquadramento paisagístico, o que não se veio a consumar. Contactado por O MIRANTE, o presidente da Câmara de Tomar, Corvêlo de Sousa (PSD), mostrou-se satisfeito com a classificação integral do monumento e informou que a autarquia defende a reactivação do aqueduto. “Pelo menos um dos proprietários dos terrenos em redor queixa-se que a àgua que ainda brota da nascente empapa os seus terrenos. Esta seria a solução ideal até para contribuir para aumentar o grau de humidade da Mata dos Sete Montes”, complementou.
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