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Futebolistas de palmo e meio mostram-se em Paço dos Negros

Futebolistas de palmo e meio mostram-se em Paço dos Negros

Três centenas de crianças no 4º Encontro Distrital de Escolinhas de Futebol

Três centenas de jovens futebolistas encheram de alegria o sintético de Paço dos Negros. Entre choros e risos de tristeza e alegria, as crianças com idades entre os cinco e os sete anos, mostraram os seus dotes de futebolistas, no 4º Encontro Distrital de Escolinhas de Futebol, organizado pela Associação de Futebol de Santarém.

Valdemar, Bernardo, Miguel, Joel, Pedro e José Maria, foram alguns dos jovens que estiveram em Paço dos Negros a representar as suas equipas, que vieram de todos os pontos do distrito de Santarém.Valdemar é guarda-redes, tem apenas seis anos e sempre que sofria um golo chorava de “raiva”. Para ele deixar entrar a bola na sua baliza era um grande problema. O pai e os amigos bem o tentavam consolar mas a sua habilidade estava manchada e ele não queria ouvir ninguém. “Quero ser um grande guarda-redes e por isso não posso deixar marcar golos”, disse por entre soluços.Bernardo é totalmente diferente. É um “puto” reguila, o cabelo espetado não engana. É um defesa central e peras. Tem uma descontracção impressionante, sem deixar a atenção ao jogo, ia sorrindo e comentando o jogo para as bancadas. “Não sou central, aqui jogamos em todo o campo, que é pequeno. Quero é jogar e marcar golos, quero ser como o Lionel Messi”, dizia sem papas na língua. Os jogos decorriam em sete pequenos campos divididos pelo sintético de Paço dos Negros. Em redor os familiares dos jovens jogadores iam incentivando os seus craques. O encontro não tem efeitos classificativos, e assim os pais acabam por fazer menos pressão perante os jovens. E também perante os árbitros dos jogos, recrutados entre os componentes das equipas de iniciados e infantis do Footkart de Almeirim.“Ao longo da época a Associação de Futebol de Santarém organiza, com o apoio das câmaras municipais e dos clubes do distrito vários encontros de pré escolas de futebol. Torneios que não são competitivos, que visam o convívio entre as crianças que querem ser futebolistas”, disse o presidente da Associação, Rui Manhoso. Para Rui Manhoso, que se mostrou preocupado com a evolução do futebol no distrito de Santarém, estes encontros são um bálsamo. “É reconfortante ver tanta criança em acção. A sua alegria é contagiante e ajuda-nos a acreditar que o futuro do futebol distrital não será tão negro como parece”, disse preocupado.O presidente da Associação destacou também o apoio das autarquias onde se realizam estes encontros. “Sem a colaboração das autarquias não era possível levar por diante estas acções. Os jovens estão todo o dia no local, é preciso dar-lhes de comer, e é aí que as autarquias mostram toda a sua disponibilidade, oferecendo o almoço para todos estes jovens. Também os clubes são importantes com a cedência dos espaços para os jogos e ajuda na organização”, disse.No campo os jogos decorriam a um ritmo alucinante. Sete campos estavam sempre em acção, as equipas jogavam todas contra todas e logo que acabava uma partida trocavam para outro lado e voltavam a jogar. As crianças não se dispersavam, e nem a chuva que caiu, às vezes com abundância, retirava a alegria aos jovens futebolistas. Os gritos de júbilo quando se marcava um golo ecoavam vindos de todos os lados. E em redor do recinto viam-se nos rostos dos pais a esperança de verem, um dia, os seus filhos serem craques do futebol nacional ou internacional.
Futebolistas de palmo e meio mostram-se em Paço dos Negros

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