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Patinagem artística conquista Vila Franca de Xira ao som do samba

Patinagem artística conquista Vila Franca de Xira ao som do samba

Campeonato distrital de solo dance antecipa nacional competitivo

Jovens patinadores mostraram coreografias elaboradas em tarde dedicada à dança sobre patins. Falhas na instalação sonora dificultaram provas aos concorrentes.

Foi ao som do samba com batida electrónica que se disputaram no último fim-de-semana no pavilhão Mário Cerejo, em Vila Franca de Xira, a maior parte das provas dos campeonatos distritais de solo dance, em patinagem artística. Os atletas dos escalões de infantis, iniciados, cadetes, juvenis, júniores e séniores mostraram coreografias elaboradas, numa competição renhida, em antecipação aos campeonatos nacionais, que também vão ter lugar naquela cidade. Patrícia Cruz, 11 anos, do União Desportiva Vilafranquense, foi uma das atletas que se destacou no escalão de iniciados, obtendo o terceiro lugar na classificação. A jovem, que actuou no Sábado, mal disfarçava a satisfação de saber que iria ficar no pódio. No último dia da competição, O MIRANTE foi encontrá-la na bancada, envergando as cores do clube, enquanto observava as provas das colegas. “Competir em casa é melhor, sente-se o apoio de toda a gente”, explica a patinadora. “É preciso gostar muito para competir, porque se dedicam muitas horas à modalidade”, confessa Fernanda Cruz, mãe da atleta. A história da menina que começou a patinar aos sete anos, depois de receber pelo Natal uns patins e querer patinar em piso liso, passa hoje por uma fase de sucesso na competição. Lá em baixo, no ringue, os momentos eram de tensão. As patinadoras dos escalões de infantis tinham uma prova pela frente e as atletas da casa tentavam não acusar a pressão de competir no seu recinto. A rapidez dos movimentos, numa variante da modalidade em que contam tanto os movimentos técnicos como a criatividade, sem figuras obrigatórias levavam as jovens de 12 e 13 anos, de vários clubes do distrito, a recriar a sensualidade do samba na inocência da sua idade. “Gosto de todas as vertentes, mas prefiro a solo dance, em que fico menos nervosa”, conta Matilde Fernandes, 13 anos, minutos antes de entrar em prova. A atleta do Sassoeiros, que está na modalidade há cinco anos, costuma ficar mais tensa durante as provas dos colegas que nas suas e, ao entrar no recinto, recriou com sucesso a música que treinou durante sete dias por semana. Algumas colegas não tiveram, no entanto, tanta sorte. A pressão, a queda de missangas no piso, que nem sempre foi limpo correctamente pela organização e alguns gestos técnicos de maior dificuldade, ditaram a queda em prova de várias patinadoras, sendo-lhes dada a oportunidade de recomeçar a prova. As lágrimas e a dor da falha nem sempre permitiram. Longe dos receios e com o olhos no título esteve Sílvia Almeida, ao longo de toda a prova. A patinadora de 14 anos, do Santa Susana e Pobral, que ficou no quarto lugar da Taça da Europa em 2008, no seu escalão, tinha pela frente uma prova com uma banda sonora inspirada no folclore alemão. “É preciso treinar muito, o ano passado, não fui de férias e treinei todos os dias. Mas sem a patinagem a minha vida tinha muito menos interesse”, confessa a jovem, que quer ficar no futuro ligada à modalidade, como treinadora ou juíza, ou ainda fazendo roupas e penteados para a modalidade. Na hora de entrar no recinto, a atleta, que com Joana Reis e Diana Simões formava o trio do clube do concelho de Sintra na prova, não deram margem para erros e obteve a melhor classificação do escalão. O sistema de som, que por oito vezes falhou nas provas de outros colegas, deixando coreografias a meio e obrigando à sua repetição, desta vez não avariou. E Sílvia ganhou a prova.
Patinagem artística conquista Vila Franca de Xira ao som do samba

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