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Máquinas de tabaco roubadas na Chamusca foram encontradas arrombadas

Máquinas de tabaco roubadas na Chamusca foram encontradas arrombadas

Empresa diz que só este ano já lhe roubaram e destruíram dezassete máquinas

Os assaltos a carrinhas de transporte de tabaco e o roubo de máquinas de venda automática de cigarros já se tornaram recorrentes na região.

As três máquinas de tabaco que foram roubadas em dois cafés na Chamusca e outro em Vale de Cavalos, na madrugada de 1 de Maio, foram encontradas arrombadas e destruídas a poucos quilómetros dos locais dos assaltos.Nos assaltos a dois cafés existentes perto da entrada norte da vila da Chamusca, os assaltantes rebentaram as montras e arrombaram portas e retiraram não só as máquinas do tabaco como também outros produtos, como uma televisão LCD e máquinas de café. Em Vale de Cavalos, num café junto à Estrada Nacional 118, a cena repetiu-se. Os prejuízos causados pelos assaltantes são da ordem de várias dezenas de milhares de euros. As duas máquinas roubadas na Chamusca foram encontradas arrombadas, destruídas e sem o recheio, no Casal do Freixo, uma zona de charneca, perto de Vale de Cavalos, a quatro ou cinco quilómetros do local do assalto. Tudo leva a crer que os ladrões não ficaram satisfeitos com o produto encontrado nessas máquinas e à passagem por Vale de Cavalos assaltaram o outro café. A máquina ali roubada foi encontrada antes da entrada de Alpiarça, numa zona erma.Quem não se conforma com esta onda de assaltos é um dos empresários proprietários das máquinas de tabaco. “Desde o início do ano até agora já nos roubaram e destruíram 17 máquinas, causando prejuízos de centenas de milhares de euros. Sentimos uma situação de impotência”, disse Adriano Leitão.Preocupado também com a situação dos proprietários dos cafés, Adriano Leitão deixou-lhes uma palavra de solidariedade e lamenta não poder fazer mais nada. “Isto está a saque, as autoridades bem se esforçam, mas como é possível que num concelho tão grande como o da Chamusca apenas haja uma patrulha na rua”, pergunta.“É um grande desespero o que sentimos. Em seis anos de vida da nossa empresa, já nos roubaram mais de meia centena de máquinas, os nossos carros de venda já foram assaltados três vezes e no nosso armazém conseguiram concretizar uma vez o assalto e foi alvo de mais duas tentativas. E ninguém foi apanhado”, diz com tristeza o empresário.São prejuízos de várias centenas de milhares de euros. “Prejuízos que podem vir a colocar a empresa em causa, somos duas dezenas de pessoas a trabalhar e para além dos assaltos também as margens de lucro estão cada vez a ser menores. Lutamos no dia a dia para que as coisas avancem, mas estas situações deixam-nos de rastos”, disse.Segundo Adriano Leitão, os assaltos aos carros são feitos de forma violenta e os vendedores já mostram receio. “Na empresa o que lhe dizemos é para não resistirem em caso de assalto. A sua vida vale muito mais do que o produto do roubo”.O empresário referiu ainda que o prejuízo causado pelos assaltos é suportado quase em exclusivo pela empresa. “Os seguros para as máquinas são incomportáveis e as seguradoras não os querem fazer. Para os carros ainda os vão fazendo mas, logo após o primeiro assalto, tratam de acabar o contrato. É muito difícil trabalhar nestas condições. Estou a tratar de elaborar uma carta para enviar para o ministro da Administração Interna e para o primeiro-ministro a exigir mais segurança”. Outros casos na regiãoOs assaltos a carrinhas de transporte de tabaco são recorrentes na região desde há alguns anos. Em 9 de Maio de 2007 um grupo assaltou uma carrinha de distribuição de tabaco em Barreira Alva, concelho de Torres Novas, quando o motorista da carrinha andava a abastecer estabelecimentos. Em Fevereiro de 2007 um distribuidor que se preparava para fazer a primeira entrega do dia em Martinchel, Abrantes, foi sequestrado e levado para um local isolado, onde os ladrões se apoderaram de 525 maços de cigarros, avaliados em mais de 13 mil euros. Em Agosto de 2006, em Almeirim, três homens abordaram a vítima junto a uma pastelaria na zona norte da cidade. Quando entrou para a caixa de carga do veículo e se preparava para separar o tabaco que precisava para abastecer o estabelecimento, foi abordado pelos assaltantes que lhe amarraram as mãos e colocaram uma venda nos olhos. No mesmo dia, mas de madrugada, foi assaltado um depósito de tabaco na Chamusca.Em Outubro de 2005 dois homens assaltaram uma carrinha numa rua do Entroncamento, levando cerca de 15 mil euros em maços de cigarros e três mil em dinheiro.
Máquinas de tabaco roubadas na Chamusca foram encontradas arrombadas

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