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Norte da Azambuja é um dos locais mais ricos em caça na região

Coelho, lebre, perdiz e rola estão entre os principais alvos

No concelho da Azambuja existem mais de 2 200 caçadores distribuídos por 15 associações. O norte do município continua a ser eleito um dos locais mais ricos para a prática deste actividade.

A caça no concelho da Azambuja é marcada pela divisão imposta pela linha de caminho de ferro. Toda a zona a norte da linha de comboio é classificada pelo conselho cinegético municipal como a área mais rica para caçar, com uma abundância de espécies que anualmente atraem milhares de caçadores. O coelho é um dos principais alvos, a par com as lebres, perdizes, pombos e rolas. No concelho existem 15 associações de caça, sendo que, actualmente, quatro estão em situação “moribunda” e a atravessar graves dificuldades. “Há associações com uma pequena dimensão que podiam estar anexadas a outras associações já existentes. Embora cada um queira fazer o seu território, também temos de ter em conta que temos zonas de caça muito pequenas no concelho, na casa dos 70 hectares, de um total de 26 mil”, defende Agostinho Ramos, membro do conselho cinegético municipal.Depois de muita resistência no inicio dos anos 90, o ordenamento das zonas de caça do concelho está quase terminado, resultando em 15 zonas de caça associativa, 4 zonas de caça municipal, uma zona de caça do Ministério da Justiça, 3 zonas de caça turística e dois refúgios de caça. As freguesias com maior percentagem de área ordenada são Alcoentre, Azambuja, Manique do Intendente, Vale do Paraíso e Aveiras de Cima, sendo também as mais procuradas pelos adeptos da actividade.Segundo Agostinho Ramos a caça é também um factor de desenvolvimento da região, uma vez que quase 35 por cento dos caçadores são provenientes de outros concelhos do país. “Há um grande movimento na época de caça, de pessoas que fazem todo o tipo de despesa no concelho da Azambuja, sobretudo em combustível, refeições e vinhos da região”, argumenta. Cada caçador gasta em média 600 euros por ano. “Sobretudo em cartuchos, licenças e alimentação de cães”, refere Garcia Rodrigues, presidente da Associação de Caçadores de Vale do Paraíso. Actualmente a caça é um desporto mais controlado mas ainda assim existe muita caça selvagem. “Os caçadores da região vigiam-se a si mesmo mas ainda acontecem situações infelizes. Têm sido também fortes vigilantes da área florestal, no Verão, contribuindo para a prevenção de incêndios”, garante Agostinho Ramos.Recentemente os caçadores têm estado preocupados com uma doença viral hemorrágica (conhecida por VHD) que está a atingir os coelhos e que é fatal para 90% dos animais adultos. Por isso, há já quem compre do seu bolso ração com antibiótico para espalhar pelos campos, numa tentativa de salvar a espécie e assegurar um arranque sem problemas da época de caça ao coelho, marcada para Outubro.

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