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Francisco Pereira Marques

70 anos, empresário, Praia do Ribatejo (V.N. Barquinha)

“Já fui convidado para assumir um cargo político mas recusei. Mas costumo ir votar sempre. É uma oportunidade que temos, de tempos a tempos, para expressarmos a nossa opinião e acho que deve ser aproveitada”

Como é que vem abrir um restaurante na Praia do Ribatejo?Sou da Beira Alta e vim para Tancos cumprir a vida militar. Por cá fiquei. O meu princípio de vida foi como relojoeiro. Depois trabalhei numa empresa de gás e electrodomésticos e só mais tarde surge a restauração. Abri o restaurante há 30 anos.Está a conseguir segurar o negócio?As dificuldades são gerais. Vai-se tentando resolver a situação. Contam muito os preços que praticamos. Vêm aqui muitos operários, pessoas de muito alimento, que sabem que no meu restaurante podem comer uma refeição completa por seis euros. Costuma aderir a mostras gastronómicas?Sim mas, infelizmente, tive uma má experiência nesse sentido. Esta casa, nas minhas mãos, nunca fechou e a câmara (de Vila Nova da Barquinha) colocou nos cartazes que eu fechava ao domingo. Foram uns clientes de Lisboa que me chamaram a atenção porque nem liguei aos prospectos. Entretanto, os serviços da autarquia já corrigiram isso mas ainda sinto o negócio mais fraco. Se as pessoas se mentalizam que fecho ao domingo não é tão cedo que vão encaixar que estou aberto. Gosta de viver na Praia do Ribatejo?Já gostei mais. Falta aqui o que prometeram. Fechou uma empresa de extracção de areia e prometeram que iam fazer o Museu do Almourol, junto ao rio, e agora aquilo é ocupado por gado que vem pastar ao areal. Por aquilo que vejo esta é uma terra a abater. Antigamente passava por aqui muita gente e agora é um deserto. Temos uma paisagem linda que devia ser aproveitada para potenciar o turismo. Nunca assumiu um cargo político?Não tenho relação nenhuma com a política. Já fui convidado quando era mais novo para assumir um cargo político mas recusei. Mas costumo ir votar sempre. É uma oportunidade que temos, de tempos a tempos, para expressarmos a nossa opinião e acho que deve ser aproveitada.Tem tempo para ver televisão?Não. Levanto-me cedo e deito-me cedo. Tenho dias que não ligo a televisão sequer. Que opinião tem do Sistema Nacional de Saúde?Tenho um problema de saúde na coluna que me obriga a ir ao médico. Já fui às urgências de um hospital aqui da zona onde o médico nem me auscultou e disse-me que, com 70 anos, tinha que viver com o que tinha. Saí dali e fui a outro hospital. Fui tratado de forma excelente. Acho que o atendimento depende muito do clínico que está no banco.

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