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Comer sopa no jardim

Comer sopa no jardim

Sentados à sombra num banco de jardim, Manuel e Joaquina Soares, 84 anos, vieram de Vale Calvo, Beselga, a sete quilómetros de Tomar, de propósito à cidade do Nabão por um motivo muito especial: experimentar o maior número de sopas disponíveis das 67 variedades que tinham à disposição no XVI Congresso da Sopa, que teve lugar a 9 de Maio, no Mouchão Parque. Para ela foi a primeira vez. Ele já é um repetente nestas andanças. Manuel Soares conseguiu experimentar cerca de meia dúzia de sopas e confessa que prefere as mais tradicionais. A sopa de feijão, grão ou a de ervilhas. “O caldo verde também estava bom”, aponta a mulher que ficou apenas pelas três. Num dia de chove não molha, cerca de três mil pessoas acorreram ao Mouchão. Antes da abertura do evento, a fila da entrada principal estendeu-se por cerca de trezentos metros até à ponte velha. O evento foi animado com a presença de grupos organizados vindos dos mais diversos pontos do país. Numa banca à entrada encontrava-se exposto o livro “15 anos de Congresso de Sopa”, editado pela autarquia e que apresenta um conjunto de depoimentos sobre a iniciativa gastronómica.Joaquina Soares recorda que, antigamente, a sopa era o principal alimento de muitas famílias. Fazia-se uma grande panela de sopa e “viva o velho”. E muitos queriam-na e não a tinham. E agora, com a crise que se instalou no bolso, há-de voltar ao que era. “Os velhos já sabem o que custa a vida mas os novos estão habituados a tudo do bom e do melhor”. Elsa Ribeiro Gonçalves
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