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Sócios fundadores regressam à direcção da Escola de Futebol de Tomar

Sócios fundadores regressam à direcção da Escola de Futebol de Tomar

Viabilizar a colectividade com o regresso à forma original

Uma comissão administrativa de oito elementos, que inclui os sócios número um, dois e três, e outros associados que já passaram pelos quadros directivos da colectividade, tomou conta dos destinos da Escola de Futebol de Tomar. Os objectivos são viabilizar a continuidade da colectividade, regressando à sua forma original.

A situação financeira da Escola de Futebol de Tomar, não sendo caótica, é motivo de preocupação, a anterior direcção, chefiada por Lucília Santos, sentiu-se enganada com as contas que lhe foram apresentadas antes da sua tomada de posse e pediu a demissão, que agora foi aceite pela assembleia-geral. E a solução encontrada para resolver esta crise foi a de criar uma comissão administrativa que engloba alguns dos sócios fundadores.João Damásio, sócio número dois, e que durante alguns anos foi o director executivo da colectividade, é líder da comissão e disse a O MIRANTE, que “apesar de toda a onda de alarmismo que circula pela cidade em relação à Escola de Futebol de Tomar, a colectividade não está moribunda. Tem todas as condições para continuar a levar por diante o seu trabalho de formação com a juventude do concelho e da cidade”.Contrariando as declarações da ex-presidente de que tinha sido enganada em relação ao passivo do clube, que se cifra em cerca de 55 mil euros, e que foi o motivo do pedido de demissão, João Damásio garante que não houve qualquer tentativa de levar a anterior direcção no engano. “A situação de deficit vem do ano de 2005. E todos os anos são apresentadas as contas da gerência do ano em curso, e a antiga presidente sabia bem que era assim, porque já fazia parte de outras direcções”, referiu.Mas o dirigente, recusa qualquer situação de litígio. Prefere centrar-se na resolução do problema, e aponta caminhos para a reorganização. “A Escola de Futebol de Tomar não passa por momentos muito bons. A crise afinal atinge todos por igual e nós também somos portugueses, por isso a Escola precisa sobretudo de organização”.João Damásio garante mesmo que se os problemas da Escola de Futebol de Tomar fossem só o dinheiro, “não viria para aqui fazer nada, não o tenho para aqui colocar. Agora há outras situações que eu, em conjunto com as pessoas que estão na comissão, vamos conseguir resolver. É preciso a ajuda de outras pessoas, para conseguir reorganizar as coisas”.A primeira coisa a fazer é devolver a Escola às origens. Ao longo dos anos a colectividade dispersou-se por situações para as quais não estava preparada. A gestão do programa PIEF – Programa Integrado de Educação e Formação, foi uma experiência apaixonante, mas atingiu um ponto que não podia continuar. “Começámos com a gestão do PIEF de Tomar e depois chegámos a fazer a gestão de onze de todo o distrito. Não estávamos preparados para isso e fomos ultrapassados com situações que levaram à situação em que nos encontramos”, disse João Damásio.“Estamos já a dar passos para voltar apenas à formação de jovens futebolistas. Estamos de novo a trabalhar para voltar a envolver os pais dos jovens neste processo. Porque acreditamos que a sua participação é decisiva para o regresso da Escola à sua verdadeira vocação”, referiu o dirigente.“Vamos lutar por todos os meios possíveis para que a situação da Escola não seja pior no final do ano, e se pudermos resolver algumas das situações das que estão para trás melhor. Mas a nossa principal preocupação vai ser a de dar as melhores condições possíveis aos jovens”, garantiu.Para isso é preciso reorganizar. Mudar é a palavra de ordem. Vai ser preciso reduzir o número de equipas. “Ainda não temos nada decidido, mas há a ideia de que é necessário reduzir. Nas camadas de escolas e infantis isso não vai ser possível, mas nos iniciados e juvenis, temos que estudar bem a situação. E nos juniores é uma situação a rever, e podem muito bem decidir se devem ou não continuar. Temos que trabalhar em conjunto com o União de Tomar para optimizar a formação em Tomar”, disse João Damásio.Na cidade, João Damásio é apontado, em surdina, por ser o grande responsável pela situação da escola. Problema que embora o deixe indignado ele recusa debater. “Nos locais próprios, nas diversas assembleias falei sempre abertamente dos problemas, e desafiei sempre as pessoas a apontar onde é que eu sou culpado. Nunca fugi a qualquer explicação, por isso sinto-me indignado por haver pessoas a falar mal de mim aí por fora. Por isso não fugi a dar a cara pelo projecto”.
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