uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Orçamento da Feira Nacional de Agricultura sofre corte por causa da crise

Organização espera manter o número de visitantes que em 2008 chegou aos 120 mil

O primeiro-ministro e o ministro da Agricultura não foram convidados pela organização, dominada pela CAP.

A edição deste ano da Feira Nacional da Agricultura em Santarém tem um orçamento 20 por cento inferior ao da edição de 2008, devido à crise, caíndo de um milhão para 800 mil euros, mas a organização espera manter o número de visitantes. O evento realiza-se entre 6 e 14 de Junho e conta com a presença do Presidente da República, Cavaco Silva, no dia 9 de Junho.O secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e administrador do Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA) de Santarém, onde vai decorrer a feira, diz que apesar da quebra do investimento na organização da feira, o número de expositores será semelhante. Luís Mira refere que foi possível captar novos expositores, compensando "alguns abandonos" de participantes habituais. "A grande incógnita" é o número de visitantes, admitiu a organização, que disse no entanto esperar manter as 120 mil visitas da edição anterior.Atendendo à situação de crise económica, que afecta o sector agrícola mas também os consumidores em geral, a feira apresenta um dia de entrada livre, a 8 de Junho, a que se junta a possibilidade de adquirir uma caderneta com 25 bilhetes a 2,5 euros cada um, sendo o preço da entrada avulsa de quatro euros.O presidente da CAP e do CNEMA, João Machado, especificou que, pela primeira vez, o primeiro-ministro não foi convidado, acrescentando que nas edições anteriores "nunca aceitou o convite". O ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Jaime Silva, também não está na lista dos convidados.Um membro do Governo, o ministro do Ambiente, Nunes Correia, deverá deslocar-se à Feira de Santarém para assinar um protocolo com a CAP para permitir às associações do sector agrícola "serem intervenientes no processo de legalização dos poços e furos de água", avançou Luís Mira. O tema central da Feira será a água, e o protocolo diz respeito à aplicação da taxa de recursos hídricos aos agricultores, situação que tem levantado várias dúvidas. Actualmente, somente 30 por cento dos produtores que utilizam rega estão referenciados, disse João Machado.

Mais Notícias

    A carregar...