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Cavalhadas abrem “prólogo” da Semana da Ascensão

Cavalhadas abrem “prólogo” da Semana da Ascensão

Jogos de destreza para cavaleiros organizados pela Associação Hípica

O sábado começou com um Passeio Hípico. À tarde a Associação Hípica da Chamusca organizou uma prova de destreza para os cavaleiros. A cavalhada serviu para reforçar laços de amizade e camaradagem.

Montado na Papoila, a sua égua branca de estimação, Lúcio Oliveira, avança a toda a velocidade para junto dos seus companheiros de prova. O jovem de 30 anos que trabalha no Jardim Infantil da Chamusca foi um dos participantes na 15ª edição das Cavalhadas que se realizou na tarde de sábado, 16, na Quinta do Arneiro de Cima, na Chamusca. A iniciativa integrava o chamado “Prólogo da Semana da Ascensão” e foi organizada pela Associação Hípica do Concelho da Chamusca.As Cavalhadas são torneios para demonstração da destreza dos cavaleiros. Antigamente os cavaleiros tinham que vir a galope e espetar uma lança em animais vivos que estavam pendurados numa corda esticada entre dois paus. Mais tarde os animais foram substituídos por uma argola que constitui o alvo e desafio à perícia do cavaleiro. Na Chamusca a destreza é testada de outras formas. A participação é por ordem de inscrição. Para mostrar os seus dotes na arte de cavalgar e domar o cavalo, cada cavaleiro tem que tocar uma sineta que indica o início da sua prova. Depois tem que contornar vários obstáculos sem lhes tocar ou derrubar. Uma espécie de rally paper equestre. Ganha quem fizer a prova em menos tempo e com o menor número de penalizações.Do lado de cima do picadeiro onde os participantes aguardam a sua vez as palavras de incentivo aos “adversários” são muitas. A brincadeira é uma constante e enquanto aguardam pela sua vez alguns participantes aproveitam para refrescar a garganta com uma cerveja.Segundo o presidente da Associação Hípica do Concelho da Chamusca, Paulo Redol, o que menos importa é a classificação final. “Isto é uma brincadeira que serve para conviver e que dá início à Semana da Ascensão, um momento muito importante para todos os chamusquenses. Ninguém quer saber quem vence a prova ou não, o que nos une aqui é a paixão pelos cavalos”, revela, acrescentando que este ano vieram muitas pessoas de fora do concelho para assistir.A paixão pelos cavalos foi o que trouxe Lúcio Oliveira à prova. Natural da Chamusca convive com cavalos desde que nasceu. A família possuía cavalos e comprava e vendia cavalos, burras e mulas. Por isso, encara esta paixão com naturalidade. “Isto está nos genes” justifica. “Tenho a Papoila desde que nasceu e cuidei sempre dela como se fosse da família. Participar nesta prova é uma forma de conviver com outras pessoas que partilham a mesma paixão que eu”, explica.Também Ricardo Mira, 16 anos, adora o mundo dos cavalos. Participou pela primeira vez numa prova de Cavalhadas quando tinha oito anos e, desde então, sempre que pode não perde a oportunidade de participar. “Esta é uma tradição que a Chamusca não deve perder porque é uma forma de nos mantermos em contacto com os cavalos e participarmos em provas, mesmo que seja de brincadeira”, refere.
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