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Ministro da Agricultura foi o “bombo da festa” no Fórum Portugal de Verdade

Os presidentes da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e da Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP), João Machado e Firmino Cordeiro, criticaram fortemente a política do Ministério da Agricultura e acusaram o titular da pasta, Jaime Silva, de prejudicar gravemente os agricultores portugueses.Segunda-feira, em Rio Maior, em mais uma sessão do Fórum Portugal de Verdade promovida pelo PSD e subordinada ao tema “Agricultura: oportunidade, identidade, coesão nacional”, João Machado acusou Jaime Silva de ter desperdiçado mais de 850 milhões de euros em fundos comunitários de 2005 a 2007, referentes ao PRODER – Programa de Desenvolvimento Rural.“Os agricultores têm sido ofendidos com os sucessivos prazos dilatados e pelos mil milhões que o Governo propagandeia ter pago aos agricultores desde 2008. Só que desse montante, apenas 300 milhões são de investimento comunitário e apenas 60 milhões do Orçamento de Estado. O restante é esforço dos agricultores”, referiu o líder da CAP. João Machado criticou ainda o governante por ter acabado com a electricidade verde para mais de 20 mil agricultores, “que até têm de pagar contribuição audiovisual pelos contadores de rega, dispersores e outra maquinaria eléctrica nos campos”.Perante cerca de 150 pessoas, o presidente da AJAP considerou que não têm sido dadas oportunidades aos jovens para apostarem no mundo rural. Segundo Firmino Cordeiro, essa situação tem contribuído para que Portugal registe metade da média europeia de jovens agricultores, 2,9 por cento face a 5,3 por cento. “Apesar do Governo negar a crise e de 70 por cento dos projectos de candidaturas de jovens agricultores não serem aprovadas, temos boa imagem junto dos consumidores, que são os nossos melhores parceiros”, constatou. A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, assistiu ao debate e no final afirmou que as conclusões do debate não são novas, afirmando que existe um “ambiente no sector agrícola que é o pior de todos os outros sectores”. Mais cáustico foi ainda o moderador do debate, Henrique Granadeiro. O empresário acusou o ministro da Agricultura de ser como “as sete pragas que assolaram o Egipto”, e de ser “surdo” face a quem quer falar com ele. “Investi 12 a 15 milhões de euros em quatro anos e, nesse período, não consegui falar uma vez com o ministro ou recebi qualquer ajuda pública. A sua única intenção foi contribuir para a redução do défice público e muito contribuiu para a sua redução à custa da eliminação das extensões de apoio aos agricultores”.

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