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Centro Desportivo de Fátima regressa ao futebol profissional

Centro Desportivo de Fátima regressa ao futebol profissional

Goleada 4-1 sobre o Carregado sela uma subida anunciada

O Centro Desportivo de Fátima garantiu, domingo, o regresso à Liga de Honra de Futebol Profissional, após golear, por 4-1, o Carregado, na segunda mão do “play-off” do Campeonato Nacional da Segunda Divisão.

Depois do empate (1-1) na primeira-mão, disputada no Carregado, entre os vencedores das séries C e D do Campeonato Nacional da Segunda Divisão, Heldon, Ismael Gaúcho, Vasco Varão e Luís Paez marcaram os golos da equipa comandada por Rui Vitória na recepção ao Carregado, que reduziu por Pedro Dionísio.A festa feita pelas claques dos dois clubes, bem numerosas, já durava desde muito antes do início do jogo, mas começou a atingir o auge, aos 32 minutos de jogo, quando aproveitando uma hesitação de Diogo, o cabo-verdiano Heldon deu vantagem ao Centro Desportivo de Fátima, ao surgir isolado perante ao guarda-redes Hugo e surpreendendo-o com um remate rasteiro.Com um futebol mais consistente, a equipa anfitriã inviabilizou as tentativas de reacção dos comandados de Elói Zeferino e dilatou a vantagem, aos 48, pelo brasileiro Ismael Gaúcho, assistido por Heldon.Um ano depois da descida da Liga de Honra, o Fátima cimentou a candidatura ao regresso às competições profissionais com um golo de Vasco Varão, aos 57, concretizando uma grande penalidade, que castigou uma falta de Moisão sobre Heldon.Aos 71, o paraguaio Luís Paez, dilatou a vantagem, novamente na marcação de uma grande penalidade, cometida pelo guarda-redes Hugo sobre o próprio avançado, que alinha no Fátima por empréstimo do Sporting. Tal como Bruno Matias, que rematou duas vezes aos postes da baliza do Carregado. No minuto seguinte, Pedro Dionísio fixou o resultado final (4-1), com um remate cruzado de fora da área, que tentou repetir, aos 78, enviando a bola à trave da baliza defendida por Nené.A festa foi de arromba, apesar dos pedidos insistentes para não invadirem o campo, os adeptos do Fátima não se conseguiram conter e, mal soou o apito final, pularam a vedação e foram para junto dos seus craques comemorar a vitória e o regresso à Liga de Honra do Futebol Profissional.Depois da goleada sobre o Carregado, os elementos do clube ocuparam dois comboios turísticos, para festejar a subida às competições profissionais, nas ruas da cidade de Fátima, e foram acompanhados por uma longa caravana automóvel em que os seus ocupantes não se cansavam de vitoriar os seus ídolos.“Fizemos uma época fantástica e é uma subida justa”O treinador do Centro Desportivo de Fátima, Rui Vitória, após garantir a subida à Liga de Honra, considerou que o seu grupo de trabalho fez “uma época fantástica”, e manifestou a vontade em sagrar-se campeão nacional da Segunda Divisão.“Temos de pensar no jogo da final do campeonato, gostávamos de conquistar este título, mas agora vamos comemorar esta vitória, porque estas conquistas têm de ser comemoradas e vividas intensamente”, disse Rui Vitória, após golear o Carregado, na segunda mão do ‘play-off’, por 4-1 (5-2 no conjunto da eliminatória).Reconhecendo a “alternância de emoções”, após a subida à Liga de Honra, na época 2006/07, a descida, em 2007/08, e agora o regresso às competições profissionais, o treinador sublinhou o sentimento de “missão cumprida”.“Os anos seguintes às descidas são tradicionalmente difíceis, mas este clube merece andar mais acima do que tem andado ultimamente”, frisou o técnico, enaltecendo o “empenho, dedicação e espírito de aprendizagem” dos jogadores do Fátima. Segundo Rui Vitória, o Carregado, que foi “lanterna vermelha” à nona jornada e venceu a série D, “valorizou a vitória”.O capitão do clube Samuel destacou a “enorme felicidade” com o regresso à Liga de Honra, sustentando: “este clube vai voltar a estar de onde nunca devia ter saído”. “O lugar do Fátima, nesta altura, é na Liga de Honra, e espero que lá continue durante muitos anos e, se possível no patamar superior, assim queiram as pessoas de Fátima”, frisou o presidente do clube, Luís Albuquerque, realçando “a maior enchente” da época, na recepção ao Carregado.Para o presidente, a subida de divisão premeia “um percurso imaculado”, de uma equipa “que não começou bem, mas terminou em crescendo”, com um ciclo de 19 jogos sem perder. Sublinhando que o clube desceu “sem sequelas financeiras”, Luís Albuquerque assegura que o “risco” foi “perfeitamente justificado”, ambicionando “reunir apoios financeiros para construir uma equipa competitiva para a Liga de Honra”. “Não queremos cometer os mesmos erros da nossa primeira experiência”, frisou o dirigente.Já o treinador do Carregado considerou os seus jogadores de “autênticos campeões”, sublinhando a “justiça” do resultado, em virtude da “eficácia” e “experiência” do opositor. “Não foi possível pressionar mais o Fátima. Não tivemos mais força do que a que mostrámos”, reconheceu Elói Zeferino, considerando a chegada ao “play-off”como “um grande feito”.
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