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Novo Hospital de Vila Franca de Xira vai ter modelo inovador para responder às necessidades dos doentes

Novo Hospital de Vila Franca de Xira vai ter modelo inovador para responder às necessidades dos doentes

Rui Portugal defende que é preciso repensar as unidades
O presidente do Conselho Directivo da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS LVT) anteviu que a médio prazo os hospitais tenham “provavelmente características substancialmente diferentes dos actuais” para que respondam “de facto” às necessidades das populações.Recordando os vários projectos a decorrer ou a definir para renovação dos hospitais na região de Lisboa - entre os quais se inclui o futuro Hospital de Vila Franca de Xira (além de Cascais, Loures, IPO, Todos-os-Santos, Seixal, Centro Hospitalar Oeste/Norte e Sintra) - Rui Portugal reforçou a necessidade de “conhecimento” para acompanhar as infra-estruturas.Estando a “política de Saúde e das reformas” a centrar-se ultimamente nos cuidados primários de saúde e nos cuidados continuados integrados, o futuro próximo deverá passar, segundo Rui Portugal, por repensar os hospitais, cujas últimas alterações de fundo foram ao nível administrativo e de gestão.Assim, a ARS LVT convidou profissionais directa ou indirectamente ligados à entidade para “promover conhecimento sobre hospitais” e que produziram um relatório de “reflexão” denominado “Governação dos Hospitais”, apresentado esta semana, em Lisboa.O documento é uma “unidade de pensamento da região em termos de hospitais, que precisam de um acompanhamento”, nomeadamente nas áreas clínicas, da investigação, do financiamento e da qualidade, exemplificou o responsável. Estas reflexões foram traçadas para “organizar os hospitais neste futuro próximo”. Caracterizando a situação actual em Portugal, o dirigente referiu que as urgências e o sistema de organização dos hospitais ainda estão “muito voltados para a doença aguda”, mas contrapôs com outros modelos já existentes de acompanhamento de doentes crónicos, que passam pela auto-responsabilização dos pacientes.Com a implementação de reformas, Rui Portugal considera que os hospitais poderão “de facto responder às necessidades actuais das pessoas”, algo que não acontece quando continuam a ser utilizados “modelos pensados nos anos 80”.Outro dos exemplos daquilo que pode “não estar provavelmente a ser a melhor resposta” é a organização por especialidades, defendendo a necessidade de pensar áreas em conjunto com instituições académicas.“Na Faculdade de Medicina de Lisboa (integrada no Hospital Santa Maria/Centro Hospitalar Lisboa Norte) há resultados de investigação básica nas decisões terapêuticas à cabeceira dos doentes”, disse.Perspectivando eventuais hospitais “substancialmente diferentes” a médio prazo, Rui Portugal enumerou alterações na prescrição clínica, nas normas de implementação clínica, o que “implica direitos dos doentes”, nomeadamente na escolha dos tratamentos e na garantia, controlo e monitorização na área da ética.O responsável adiantou as alterações que podem acontecer para uma “maior adequação do modelo de financiamento”, actualmente generalista, mas que pode agregar o “potencial de risco”, seja em termos de patologia, como a nível da gravidade das doenças.As alterações de futuro nos hospitais também terão efeitos na articulação com os cuidados primários: centros de saúde e unidades de saúde familiar, que “há cinco anos não existiam”.“O relatório é um passo muito importante para a região e potencialmente um marco a nível nacional para se pensarem os hospitais no resto do país”, concluiu.Com a implementação de reformas, Rui Portugal considera que os hospitais poderão “de facto responder às necessidades actuais das pessoas”, algo que não acontece quando continuam a ser utilizados “modelos pensados nos anos 80”.
Novo Hospital de Vila Franca de Xira vai ter modelo inovador para responder às necessidades dos doentes

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