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Vila Franca de Xira declara “guerra” à gripe A

Vila Franca de Xira declara “guerra” à gripe A

Triagem à entrada dos centros de saúde para evitar novos contágios

Utentes são objecto de triagem à entrada, e em caso de febre, tosse, dores nas articulações ou diarreia, seguem para observação. Medida abrange todas as unidades de saúde do concelho e recebe o aplauso da Administração Regional de Saúde e Vale do Tejo.

Foi declarada na segunda-feira em Vila Franca de Xira a “guerra” à gripe A. Os centros de saúde do Agrupamento de Saúde de Vila Franca de Xira concelho ,passaram a fazer triagem dos utentes logo à entrada, isolando para observação aqueles que manifestem sintomas que possam levantar suspeitas de infecção pelo vírus. O MIRANTE percorreu três das unidades de saúde, para encontrar diferentes interpretações do combate à doença. No Centro de Saúde de Alhandra, logo à entrada, o utente é recebido por uma senhora com máscara e bata. Lurdes Inácio, auxiliar de vigilância e apoio, é quem questiona os pacientes sobre os sintomas que possam experimentar. “Diarreia, febre, dores nas articulações e tosse” podem motivar uma ida até à sala de observações, onde o diagnóstico será feito por uma enfermeira. Antes, o paciente terá de colocar uma máscara e desinfectar as mãos com um anti-séptico, ali à mão. “Vim de férias ontem, mas serei rendida nos próximos dias”, conta. O bom humor reina entre os utentes e trabalhadores em Alhandra, com gracejos sobre a gripe e os sintomas. Já em Alverca, logo à entrada, são quatro os cartazes que a letras maiúsculas de cor vermelha alertam os pacientes. “Se tem febre, dirija-se ao segurança”, pode ler-se no cartazes. À entrada, o vigilante, de máscara colocada, adianta desde o início que não pode falar à comunicação social sem autorização. Mais faladores, os utentes dizem de sua justiça. “Os utentes já se podem orientar com a informação que existe. Os cartazes chamam a atenção e ninguém pode dizer que não foi avisado”, considera Anúpleo Naito. O utente ressalva, no entanto, o efeito alarmista do material informativo de alerta. “A informação já é mais do que suficiente. As pessoas estão a ficar mais preocupadas. A partir daqui, gera-se preocupação a mais”, refere. Luciano Proença, também utente do Centro de Saúde de Alverca, entra para marcar uma consulta e sai sem preocupações. “Depois dos letreiros, caso não tenhamos nenhum dos sintomas, não acontece mais nada, informa”. Caso manifestem os sintomas, o utente sabe que se deve dirigir ao centro de saúde. Luciene Matos, por seu turno, apresenta como alternativa a chamada para Linha de Saúde 24, do Ministério da Saúde, e a partir daí a ida para a unidade de saúde. Em Vialonga, a recepção é mais descontraída. O vigilante não utiliza máscara, e na sala para onde seriam conduzidos os pacientes, encontra-se uma delegada de informação médica, aguardando uma reunião. Ao que apurou O MIRANTE e ao contrário das informações recolhidas nos centros de saúde, foram vários os casos de pacientes a apresentarem-se com sintomas suspeitos . Das observações, nenhuma se revelou com fundamento. A nova política de triagem de pacientes surge na sequência de indicações do director do agrupamento de saúde de Vila Franca de Xira. O MIRANTE tentou, sem sucesso, contactar a responsável pelo agrupamento, Marília Pereira. Contactada por O MIRANTE a Administração Regional de Saúde elogia os procedimentos de triagem e encaminhamento, sem os assumir como seus. “São medidas que integram uma política pro-activa de saúde, não exclusivas para a gripe A mas aplicáveis também noutros casos”, justifica a ARS.
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