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O homem que trabalha desde criança nas salinas

O homem que trabalha desde criança nas salinas

Recriação história animou Rio Maior
Descalço, calças dobradas pelo joelho e chapéu de aba larga a proteger do sol, Manuel Costa junta, com a ajuda de uma pá, todo o sal do seu talho até fazer um monte. Depois de 60 horas a secar ao sol o mineral está pronto. É colocado em sacos de serapilheira e levado para o armazém da cooperativa de produtores de Sal.Manuel Costa foi um dos cerca de 40 figurantes que representaram o seu próprio papel de salineiro na recriação histórica do trabalho nas salinas das Marinhas do Sal, no concelho de Rio Maior. Esta recriação integrou as Festas do Salineiro que se realizou na aldeia no passado fim-de-semana.Manuel Costa começou a trabalhar nas salinas ainda em criança. Não tinha mais de seis anos quando ia com a mãe levar o almoço ao pai. A sua primeira tarefa foi encher sacos com sal para levar para as várias casas de madeira que ainda hoje se encontram junto às salinas e que actualmente servem como lojas de artesanato.A actividade desenrola-se no Verão. Os salineiros começam por limpar os talhos da água e lodo do Inverno. Depois de lavado, é tempo de retirar a água do poço puxando os baldes com uma corda. A água vem com o mineral e espalha-se pelos talhos. O segredo é colocar pouca água de cada vez. Vai-se limpando com uma pá para juntar o sal e retirar o excesso de água. Coloca-se o sal em vários montinhos e deixa-se secar ao sol. Quando está pronto vai para o armazém para ser vendido.Segundo os entendidos na matéria, a salina do concelho de Rio Maior provém de uma mina de sal-gema muito extensa e profunda atravessada por uma corrente subterrânea que alimenta o poço de onde se extrai a água para produzir sal.
O homem que trabalha desde criança nas salinas

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