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Contas de corridas de toiros em Santarém entregues ao Ministério Público

O socialista Luís Almeida diz que as contas apresentadas pela câmara, dois anos depois de terem sido pedidas, não estão correctas, faltando verbas nas receitas e nas despesas. Moita Flores responde à letra acusando o autarca da oposição de adulterar os números e de ter “um jeito tremendo para o disparate”.O líder da bancada do PS na Assembleia Municipal de Santarém pediu aos serviços do Ministério Público junto do tribunal da cidade para investigarem as contas referentes às festas organizadas pela câmara em Junho de 2007, denominadas Corridas de Toiros de Santarém. Luís Almeida alega que faltam valores tanto nas despesas como nas receitas, designadamente as relativas a contratação de toureiros e a apuro de bilheteira. As contas dessas festas organizadas pela câmara - que motivaram acesa polémica por coincidirem com a Feira Nacional de Agricultura e por se terem realizado corridas de toiros em simultâneo na Monumental Celestino Graça e numa praça desmontável instalada no Centro Nacional de Exposições (CNEMA) – foram pedidas por Luís Almeida pouco tempo depois da realização das mesmas. Mas só dois anos depois, em Junho último, lhe foram facultadas, assim como às outras forças políticas com assento na assembleia municipal.O que levou a que só na última sessão da assembleia municipal, realizada a 24 de Setembro, Luís Almeida tenha voltado à carga com o assunto. O eleito socialista diz que ao analisar as contas se deparou com factos que considera “graves” - “nomeadamente a falta de registo de despesas que eu sei que aconteceram e, mais grave ainda, a falta de registo de receitas que deveriam ter dado entrada nos cofres da câmara enquanto entidade organizadora dos eventos”.A explicação por parte da câmara é a de que não estão contabilizadas receitas de bilheteira porque as corridas foram organizadas por um “grupo de gente” amiga da Monumental Celestino Graça, como a família Telles, que o autarca diz ter ajudado nessa “campanha militante” com o objectivo de “romper o cerco ao boicote” de que a praça estaria a ser alvo. “Nós apoiámos as corridas em função das receitas de bilheteira”, justifica a O MIRANTE o presidente da câmara, Francisco Moita Flores (PSD). Daí só surgir no relatório o pagamento a dois dos cavaleiros que actuaram nessas três corridas.

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