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Indústria de produção de energia solar em Abrantes arranca em Janeiro

Terreno custou à câmara um milhão de euros e foi vendido por um décimo desse valor

Projecto liderado pelo empresário Alexandre Alves vai desenvolver-se numa área com 82 hectares na freguesia de Concavada.

Deverá começar a produzir painéis foto-voltaicos já em Janeiro de 2010 a nova indústria de energia solar, da RPP Solar, empresa liderada pelo empresário Alexandre Alves. Prevê-se que o investimento de 818 milhões de euros possibilite a criação de 1800 novos postos de trabalho, três centenas dos quais para engenheiros e quadros superiores. Neste momento já foram contratadas 300 pessoas, muitas das quais do concelho de Abrantes. O anúncio foi feito por Alexandre Alves após a assinatura do protocolo entre a Câmara Municipal de Abrantes e a RPP – Retail Parks de Portugal, SPGS, SA. Dadas as características do projecto, o Governo atribuiu o estatuto de Projecto de Potencial Interesse Nacional (PIN) ao complexo de Energia Solar que o grupo RPP Solar está a construir em Abrantes. A decisão foi tomada em Setembro pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP). O protocolo agora assinado oficializa a instalação do Projecto de Energia Solar (PIES) na freguesia da Concovada, junto à Central Termoeléctrica do Pego, Abrantes, em 82 hectares de terrenos que a autarquia adquiriu recentemente por um milhão de euros de modo a viabilizar a implantação desta indústria no concelho. O projecto visa a instalação de sete unidades industriais, cinco a sete torres eólicas, painéis solares e turbinas de co-geração, que estarão a trabalhar 24 horas. No local irá funcionar também um centro de investigação que ocupará 300 engenheiros e investigadores no domínio da energia fotovoltaica. No protocolo lê-se que o município de Abrantes, “atendendo à natureza e dimensão do projecto e às potencialidades do mesmo para o crescimento sócio-económico da região” assegura à RPP SGPS “um quadro singular de direitos, benefícios, incentivos, apoio e colaboração”, isentando totalmente as taxas correspondentes ao licenciamento e execução do projecto nas suas diversas fases e operações logísticas. De acordo com Alexandre Alves, o projecto vai desenvolver-se em quatro fases, ao longo de três anos, altura em que o empresário pretende estar a produzir 700 megawatts de energia com painéis em linha, integrando o grupo dos cinco maiores produtores de energia limpa do mundo. Nessa altura, o empresário estima obter um volume de facturação na ordem de mil milhões de euros. Alexandre Alves destacou a celeridade da implementação deste projecto no concelho de Abrantes para o qual contribuiu a equipa directiva da autarquia “Tive o primeiro contacto com o senhor presidente da câmara a 12 de Julho, na Feira da Agricultura de Santarém e agora estamos aqui”, disse aos presentes. O presidente da Câmara de Abrantes, Nelson de Carvalho (PS), afirmou que a autarquia “trabalhou intensamente” para encontrar e adquirir o terreno para localizar este complexo, referindo que o visto do tribunal de Contas para viabilizar a escritura de aquisição de terrenos foi conseguido a 28 de Setembro. A autarquia de Abrantes assume-se actualmente como “a capital da energia”.Santarém sem “condições técnicas” para implementação do projectoAlexandre Alves tinha pensado instalar este projecto em Santarém mas não foi possível a sua prossecução por não reunir as “questões técnicas” que necessitava. “ Santarém é passado. A equipa técnica que analisou algumas localizações optou por Abrantes. É uma cidade que está mais perto de Espanha e aqui temos a energia eléctrica que necessitamos. Nós, como empresários e investidores, aceitámos”, apontou no final da cerimónia. O empresário pretende recorrer às sinergias existentes no concelho de Abrantes para que o produto final seja o mais competitivo possível. O projecto visa a instalação de sete unidades industriais, cinco a sete torres eólicas, painéis solares e turbinas de co-geração, que estarão a trabalhar 24 horas. No local irá funcionar também um centro de investigação que ocupará 300 engenheiros e investigadores no domínio da energia fotovoltaica.

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