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O clube que levou a pesca desportiva para a Azambuja sonha com desporto federado

O clube que levou a pesca desportiva para a Azambuja sonha com desporto federado

Clube Amadores de Pesca nasceu em 1997 e tem meia centena de sócios

É dentro de um antigo depósito de abastecimento de água de Azambuja que o CAP – Clube Amadores de Pesca de Azambuja tem a sua sede e estuda as suas actividades ligadas à pesca desportiva. Conseguir desporto federado no futuro é um dos sonhos.

O depósito de água da Olaria, em Azambuja, foi em tempos o principal tanque de abastecimento de água da vila ribatejana. Hoje é a sede do CAP – Clube Amadores de Pesca de Azambuja. As instalações foram cedidas pela autarquia em 2001 e desde esse dia que boa parte dos corpos sociais tem vindo a partir pedra, pintar e remodelar o espaço para ser o local de orgulho que hoje mostram a O MIRANTE.Este grupo de homens está unido por uma paixão: a pesca desportiva. Mesmo estando num concelho onde o único local em condições de receber uma pescaria é a Vala Real, que necessita urgentemente de uma intervenção. O clube foi fundado a 16 de Outubro de 1997 no seguimento da vontade expressa por uma azambujense que, juntamente com o marido, explorava uma loja de venda de artigos de pesca. Para formar o clube juntaram-se um grupo de praticantes e simpatizantes da pesca e são hoje o clube de Azambuja que reúne todos os pescadores. O objectivo é incentivar a prática da pesca desportiva e o convívio entre pescadores e simpatizantes. Actualmente o CAP organiza várias provas por ano, sobretudo inter-sócios. “Ainda pensamos muito nos nossos sócios, gostamos de os valorizar e por isso temos muitas provas entre eles”, explica Carlos Martins, tesoureiro da direcção. Existem durante o ano várias provas abertas a todos os participantes mas a principal é o Grande Prémio CAP, que anualmente junta entre 30 a 70 pescadores de todo o país. “É uma modalidade maravilhosa. Dá-nos uma paz de espírito fabulosa. Ora se ouvem os pássaros, ou o vento, ou ficamos a olhar para a imensidão da água. É muito gratificante”, refere José Simão, presidente do clube. A maioria dos pescadores agarra nas canas duas a três vezes por semana. “É um vício”, dizem. O que vem ao anzol é pesado e devolvido à agua, como manda o regulamento. “Apanhamos de tudo, desde carpas, pargos, pimpões, tainhas, enguias, percas, peixe gato e abeletes, um peixe semelhante à sardinha”, conta o nosso interlocutor. Actualmente o clube está filiado na Associação Regional do Centro de Pesca Desportiva mas sonha um dia poder estar ligada à federação nacional para poder receber pescadores que competem nos campeonatos nacionais. “Neste momento não temos pescadores a nível federativo a participar em provas oficiais mas apenas em provas de intercâmbio entre outros clubes. Mas estamos abertos a que isso venha a acontecer no futuro. Neste momento, perante as dificuldades financeiras que atravessamos, por causa das obras, isso não é viável mas poderá vir a acontecer. A pesca está cara e a nível competitivo custa muito dinheiro”, lamenta Carlos Martins. Enquanto a Vala Real não sofre obras de requalificação, os homens da pesca de Azambuja vão continuar a ir também a outras pistas de pesca profissionais que se encontram mais próximas, como em Coruche, Benavente, Santa Justa e na Barragem de Trigo Morais. “Quando o clube foi fundado havia provas com 100 a 200 pescadores. Mas nos últimos anos a procura tem caído devido à parte financeira e ao afastamento crescente dos jovens”, lamenta Carlos Martins. O presidente, José Simão, prefere pensar numa política de abertura a todos os que simpatizem com a pesca: “Estamos abertos a toda a gente que se queira inscrever como sócio e que queira pescar”, apela. “E se não souber pescar nós ensinamos”, diz com um sorriso.
O clube que levou a pesca desportiva para a Azambuja sonha com desporto federado

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