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Indústria de serração enfrenta falta de madeira de pinho dentro de cinco anos

Indústria de serração enfrenta falta de madeira de pinho dentro de cinco anos

Floresta deve ter gestão mais profissional e apresentar-se como fonte contínua de rendimento, defende estudo
A madeira de pinho pode faltar dentro de cinco anos, pondo em causa 250 empresas e 2.500 postos de trabalho na indústria da serração, revela um estudo apresentado pela Associação Industrial de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP). O Estudo das Serrações, desenvolvido pela AIMMP em parceria com a Sociedade Portuguesa de Inovação prevê um aumento da procura de pinho em aproximadamente 50 por cento (8,39 milhões de toneladas), mas revela que a indústria “sente dificuldades crescentes de abastecimento regular de madeira, tanto em quantidade como em qualidade”.A ausência de um verdadeiro planeamento florestal é a principal causa destas dificuldades, segundo o documento. O desenvolvimento da indústria da serração portuguesa está também condicionado pelas exigências comunitárias relativas à exportação da madeira de pinho que tentam travar a expansão da praga do nemátodo do pinheiro.“As dificuldades aumentaram com a generalização da doença e das respectivas medidas de contenção, em todo o território nacional”, sublinha o relatório. O impacto negativo desta praga agravou os já baixos níveis de rentabilidade da floresta “reveladores de deficiências estruturais, económicas e técnicas”.Gestão florestal deficiente, falta de especialização territorial da floresta e falta de investimento no apuramento genético do pinheiro bravo são algumas das más práticas que têm afectado a produção florestal portuguesa e que podem levar à falta de madeira para a laboração industrial.Como soluções para a falta de matéria-prima, o estudo destaca a deslocalização da produção industrial e a importação de madeira de Espanha e França, com transporte subsidiado, enquanto a floresta portuguesa cresce. Os autores do estudo destacam ainda que o combate ao nemátodo do pinheiro só será eficaz com alterações significativas nos modelos de gestão florestal.“A floresta deverá ter uma gestão mais profissional, e apresentar-se como uma fonte contínua de rendimento, provenha ele de fundos florestais com rendas fixas, ou da exploração não lenhosa da floresta por via da resina, dos cogumelos e aromáticas, ou da caça e do turismo.
Indústria de serração enfrenta falta de madeira de pinho dentro de cinco anos

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