A Associação Desportiva de Mação classificou-se pelo terceiro ano consecutivo para as meias-finais da Taça do Ribatejo em Futebol de Onze. No primeiro ano venceu a meia-final e na final conquistou o troféu frente ao Riachense. Domingo venceu 2-0 a Casa do Povo do Pego voltando a fazer história na prova.O jogo, disputado por duas equipas que andam pela cauda da tabela do Campeonato Distrital da Divisão Principal de Santarém, foi de fraca qualidade. A equipa do Pego, dominou, teve mais posse de bola, mas foi incapaz de concretizar as várias oportunidades criadas.Por sua vez, a equipa de Mação, comandada por José Carlos, foi mais eficaz e concretizou duas das três oportunidades criadas. Mesmo assim contando com a ajuda dos defesas do Pego, que nas duas vezes, ajudaram a introduzir a bola na sua própria baliza.O primeiro golo surgiu aos 18 minutos, Numa rápida troca de bola pela direita, Filipe Mansinho foi lançado em profundidade, chegou à linha de fundo e cruzou tenso para a área. Ali saltaram o atacante do Mação, Viegas e o defesa do Pego, Machado, e apertado este último cabeceou para a sua própria baliza.Depois a equipa do Pego tudo fez para modificar as coisas. O Mação recuou para defender a preciosa vantagem, os avançados da equipa comandada por Fernando Costa, desperdiçaram várias oportunidades para marcar. E aos 88 minutos, num lance rápido de contra-ataque a bola foi metida na área e Pedro Louro desviou-a do alcance do guarda-redes Paulo Rosado, fazendo o 2-0 e acabando com as dúvidas quanto ao vencedor. Os avançados do Pego ainda atiraram uma bola ao poste, mas o seu destino já estava traçado.Começa a ser tradição fazer bonsresultados na Taça do RibatejoA equipa do Mação está a fazer muito melhor na Taça do Ribatejo do que no Campeonato, isso fica a dever-se a alguma falta de sorte nos jogos da prova principal. “Não temos sido muito felizes no campeonato, a sorte não nos tem acompanhado, somos uma equipa que pratica bom futebol, não nos encolhemos perante nenhum adversário, põe isso acredito que mais cedo ou mais tarde os resultados vão aparecer”, disse logo a abrir o treinador José Carlos.“Na Taça temos tido sorte e mérito. Quando perdemos temos azar, quando ganhamos também temos que ter alguma sorte. Na Taça o nosso objectivo é chegar o mais longe possível e agora que chegámos à meia-final vamos fazer tudo para chegar à final. Nos três anos que levo à frente da equipa, vencemos uma Taça do Ribatejo e fomos duas vezes às meias-finais, o ano passado ficámos por aí, este ano queremos novamente a taça”, disse José Carlos com optimismo.A equipa recebeu agora três reforços, dois deles, Filipe Mansinho e Gonçalo já estão a jogar, Ney ainda não pode dar o seu contributo por estar lesionado. “Mas sem dúvida que são jogadores de qualidade que nos podem vir ajudar a garantir a manutenção”, assegura o treinador.Condições de trabalho são um impecilho ao desenvolvimento da equipaNo final do jogo o treinador da Casa do Povo do Pego, Fernando Costa, estava aborrecido com o resultado do jogo. Tinha visto a sua equipa dominar e criar ocasiões de golo suficientes para vencer. “Tem-nos faltado uma pontinha de sorte para vencer alguns jogos como o de hoje. Os jogadores trabalham bem, esforçam-se mas na hora de concretizar falta-nos alguma coisa e os golos não aparecem, é complicado”, disse.A equipa do Pego reforçou-se nos últimos tempos com dois jogadores de excelente qualidade. Roldão e Rui Sousa, foram formados no Abrantes Futebol Clube, ali começaram a jogar nos seniores com a equipa na Segunda Divisão Nacional. Saíram para os Gavionenses, agora regressaram à região e vieram integrar a equipa do Pego. “Não há dúvida que são dois bons reforços, a equipa fica com mais consistência e mais qualidade, mas o nosso principal problema são as condições de treino e jogos”, afirmou Fernando Costa.A Casa do Povo do Pego continua a treinar e a jogar num terreno pelado, não tem iluminação no campo, e ainda por cima tem vários jogadores na universidade. “Treinamos três vezes por semana sempre com poucos jogadores, precisamos de arranjar condições para trabalhar, a iluminação no campo é uma prioridade, para depois se avançar para o arrelvamento sintético. A direcção tem trabalhado muito e já conseguiu criar algumas condições para o público e também a nível dos balneários, mas ainda não conseguiu chegar à iluminação e ao sintético, para isso precisa da ajuda da Câmara de Abrantes”, referiu Fernando Costa.No entanto, Fernando Costa acredita que é possível garantir a manutenção. “Atrasámo-nos um bocado no início do campeonato. Neste momento estamos bem, a equipa joga de igual para igual com todas as outras, só temos que ter mais calma na hora de concretizar, e o azar também não vai estar sempre atrás da porta. Penso que temos todas as condições de nos mantermos na divisão principal”.