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Europa recuperará da crise a diferentes velocidades diz o FMI

A Europa deverá recuperar da crise a diferentes velocidades em 2010 mas o mercado de trabalho apenas começará a melhorar no final do próximo ano, afirmou o director europeu do Fundo Monetário Internacional. Em entrevista publicada na página oficial do FMI, Marek Belka, responsável pelo departamento europeu, explicou que a dimensão das consequências da crise nos diferentes países foi determinada pela abertura das suas economias, pela qualidade das políticas e das instituições, ao invés de critérios de proximidade.“O ano de 2010 será dominado pelo desafio de encontrar um equilíbrio entre continuar a apoiar a economia e gradualmente retirar as medidas extraordinárias”, afirmou Marek Belka, afirmando que o sector bancário na Europa “ainda não está em boa forma” e defendendo a aplicação de medidas especificas para cada instituição. “Os bancos mais frágeis devem ser obrigados a aumentar o seu capital e a reestruturar-se, ou enfrentar as consequências”, disse.O responsável europeu da organização defendeu a manutenção da generalidade dos estímulos às economias devido à incerteza quanto à sustentabilidade da recuperação. “Quando e se a situação o permitir, 2011 deve ser o ano para iniciar a consolidação orçamental, e neste assunto apoiamos completamente a abordagem da Comissão Europeia”, afirmou Marek Belka, ressalvando no entanto que países como a Grécia, Irlanda e Espanha, com maiores desequilíbrios nas contas públicas, “não podem esperar”.A instituição prevê ainda que a inflação se mantenha perto de um por cento no futuro próximo. Marek Belka resume ainda o que os Governos devem fazer para atacar a crise económica no futuro próximo: apoiar a actividade económica no futuro por agora, planear uma retirada cautelosa e lidar com as instituições financeiras com maiores problemas com mais “pulso” do que o que tem sido feito até agora.

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