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População revoltada com facturação elevada da Águas da Azambuja

População revoltada com facturação elevada da Águas da Azambuja

Empresa e autarquia esperam resolver o problema no início de 2010

A Águas da Azambuja já recebeu dezenas de reclamações por estar a emitir facturação elevada. Empresa refere que documentos saíram com base em estimativa e que se trata de um período transitório. Autarquia adverte que “está na hora da empresa regularizar a situação”.Jorge Afonso da Silva

A Águas da Azambuja (AdAz) já recebeu mais de meia centena de reclamações de moradores do concelho por estar a emitir facturação elevada. Em alguns casos os contribuintes chegam a desembolsar o dobro do que pagavam anteriormente, na altura em que a responsabilidade cabia à autarquia e não à AdAz, empresa a quem foi concessionada a gestão e exploração dos sistemas públicos de distribuição de águas e drenagem de resíduos do concelho.“Pagava entre 24,5 e 30 euros no máximo. Nas últimas duas facturas paguei quase 70 euros. Já reclamei mas dizem que não têm resposta para me dar”, refere Natércia Oliveira, 36 anos. A residente nos Casais das Comeiras, freguesia de Aveiras de Cima, esteve presente na última reunião de câmara, realizada a 22 de Dezembro, a pedir explicações. Como Natércia Oliveira estão outros moradores da zona que já apresentaram queixa à empresa. Dezenas de pessoas de outras localidades do concelho reclamam em relação ao mesmo problema.O presidente da Câmara Municipal de Azambuja assume a responsabilidade política pelo problema. “As coisas não estão a correr bem ao nível da facturação. Decorre do facto de ter havido uma alteração do sistema informático e de estarmos a atravessar um período de transição. Mas está na hora das Águas da Azambuja regularizarem toda esta situação”, alerta Joaquim Ramos (PS), esperançado que a normalidade chegue com o novo ano.O autarca garantiu em Março último que o preço da água não ia aumentar nos dois primeiros anos de contrato (iniciado este ano) e que os consumidores até iriam ter água 10 por cento mais barata do que tinham anteriormente. Contudo, a partir de 2011, haverá uma actualização de preços, que estará dependente da situação económica do país, disse, na ocasião, Joaquim Ramos.Em resposta enviada a O MIRANTE a AdAz garante que não houve aumento dos preços a pagar por metro cúbico e que o problema se deve ao facto das facturas em questão terem sido calculadas com base em estimativa. “Quando o valor estimado é baixo a factura seguinte, ao corrigir a estimativa, gera uma factura mais elevada que, no caso de existirem grandes diferenças entre o estimado e o real, poderá ser de sensivelmente o dobro”, explica a empresa. Nestes casos a AdAz dá a possibilidade de o cliente pagar em duas prestações.A empresa esclarece que a “alteração das aplicações informáticas de gestão dos clientes, a migração das bases de dados dos clientes assim como a alteração de procedimentos de leitura e de facturação é um processo complexo, que tem um período transitório, no qual existem situações ao nível da facturação que são anómalas, mas que automaticamente serão corrigidas”. A AdAz garante que a facturação estará regularizada no início de 2010.
População revoltada com facturação elevada da Águas da Azambuja

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