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Alargamento de estrada deixou alicerces de casa à mostra

Alargamento de estrada deixou alicerces de casa à mostra

Moradia em risco de ruína vai ser demolida com Câmara de Ourém a arcar com os custos
A casa em risco de ruir à beira de uma estrada municipal em Sorieira, freguesia de Seiça, Ourém, vai ser demolida. O caso teve início há 15 anos e deu origem a uma imagem desconcertante digna da rubrica “Portugal no seu melhor”: a estrada foi construída pela câmara com um desnível de cerca de dois metros em relação à soleira da habitação que se encontrava devoluta, deixando as fundações do edifício a descoberto. Após anos de demandas, os proprietários, que residem na zona de Charneca da Caparica, autorizaram a demolição. A solução foi anunciada em reunião do executivo da Câmara de Ourém.Segundo o relatório de vistoria apresentado ao executivo, “a construção apresenta sérios riscos à segurança de pessoas e bens”, uma vez que se “evidenciam enormes fissuras em relação ao alçado principal o qual já se encontra bastante desligado da restante edificação”. Conclui assim que a construção “deverá ser demolida urgentemente, tendo em atenção a perigosidade da fachada em relação à via pública”. Após a situação ter sido presente a reunião camarária a 17 de Novembro, os proprietários foram chamados a reunião, tendo concordado em demolir o edifício, a “expensas da autarquia”. A arquitecta Maria Olímpia Santos, chefe da Divisão de Ordenamento do Território, acrescentou ainda ao processo que a assumpção das despesas pelo município resulta dos proprietários atribuírem “a causa do estado do imóvel à intervenção das máquinas da câmara municipal aquando do alargamento da estrada”. Questionado a respeito do caso, uma vez que a estrada recebeu um tapete novo há sete anos, o vereador da oposição e ex-presidente do município, Vítor Frazão (PSD), sublinhou a sua concordância com tudo o que foi expresso, comentando que estes são “processos que já vêm do passado”. Dos responsáveis pelo processo de alargamento da estrada de Seiça, O MIRANTE foi informado que, tendo em conta os anos da construção, é difícil encontrar respostas que justifiquem o estado de degradação da casa. Contactados por O MIRANTE, os proprietários não quiseram comentar o assunto, destacando que não é da sua responsabilidade a destruição dos alicerces da casa.
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