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Unidade de abate e transformação da Avipronto com luz verde ambiental

Unidade de abate e transformação da Avipronto com luz verde ambiental

Estudo sobre efeitos da implantação de fábrica da Avipronto no Cartaxo em consulta pública
O Estudo de Impacte Ambiental referente à unidade industrial de abate e transformação de aves que o grupo Avipronto quer construir no concelho do Cartaxo encontra-se disponível para consulta pública até dia 5 de Fevereiro e não aponta problemas que possam colocar em causa a concretização do projecto que prevê criar 250 postos de trabalho. O investimento global, feito de forma faseada, deverá andar entre 15 a 20 milhões de euros.A implantação da unidade industrial ocupará cerca de cinco hectares no Parque de Negócios do Casal Branco (que tem uma área total de 20 hectares), na freguesia de Pontével. Segundo o resumo não técnico, os impactes ambientais da fábrica não serão significativos e, por outro lado, permitirá criar emprego e requalificar o tecido produtivo da zona.Segundo o documento, a unidade vai transformar carnes de aves e coelhos e preparar produtos prontos a cozinhar. Estima-se que, em plena laboração, vá receber diariamente cerca de 80 mil frangos, 16 mil quilos de galinha, 2 mil perus, 500 patos, 500 codornizes, 200 kg de carne suína e bovina, 100 kg de peixe e 20 kg de hortícolas.As instalações serão dotadas de uma estação de tratamento de águas residuais (ETAR) própria. A fábrica vai laborar continuamente sete dias por semana em regime de três turnos diários “Prevê-se a utilização na zona laboral de 200 trabalhadores e de 50 no sector administrativo”, lê-se no resumo não técnico actualmente em consulta pública.O mesmo documento antecipa algum aumento de trânsito na zona quando começarem as obras e, posteriormente, quando a unidade estiver a funcionar. Daí aconselhar a construção de uma ciclovia e a promoção do uso da bicicleta, até porque a fábrica ficará apenas a 3 km do Cartaxo e a 1 de Pontével, localidades de onde deverá ser originária a maior parte do pessoal.Outro impacte negativo previsto é o do aumento da impermeabilização do solo nessa zona com a construção das instalações, que motivará um acréscimo do escoamento superficial de água. Para evitar a ocorrência de cheias na ribeira das Fontainhas, que receberá essas águas pluviais, será necessário proceder à regularização desse curso de água. “Os impactes ambientais negativos associados ao projecto são, de um modo geral, pouco significativos, uma vez que a área em análise actualmente encontra-se desocupada e o projecto enquadra-se nas categorias de espaço definidas no Plano de Pormenor do Parque de Negócios do Casal Branco”, concluem os técnicos da empresa Ecoserviços, responsável pelo estudo.Por outro lado, lê-se ainda, o investimento terá impactes positivos no que concerne ao desenvolvimento económico local e concelhio e à qualidade de vida da população, pois vai gerar emprego directo e indirecto.O licenciamento do projecto só pode ser conferido após emissão da declaração de impacte ambiental favorável ou condicionalmente favorável, emitida pelo secretário de Estado do Ambiente ou findo o prazo para a sua emissão, que neste caso é 24 de Abril de 2010.Protocolo com quase três anosO protocolo assinado entre a Avipronto e a Câmara do Cartaxo com vista à implantação da unidade industrial no concelho foi assinado em Fevereiro de 2007 entre o presidente da autarquia Paulo Caldas (PS) e o administrador do grupo empresarial Armando Baptista de Almeida. No entanto a assinatura da escritura para cedência do terreno à empresa só se deu em Outubro de 2008, altura em que se previa o início da laboração até final de 2009.Onde pode ser consultado o estudoO documento pode ser consultado nas instalações da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo em Lisboa e em Santarém na Agência Portuguesa do Ambiente (Amadora) e na Câmara Municipal do Cartaxo.O resumo não técnico pode ainda ser consultado na sede da Junta de Freguesia de Pontével e através da Internet, no site www.ccdr-lvt.pt. No âmbito do processo de consulta pública serão consideradas e apreciadas todas as exposições apresentadas por escrito, desde que directamente relacionadas com o projecto em apreço. As exposições devem ser dirigidas à presidente da CCDR de Lisboa e Vale do Tejo até 5 de Fevereiro.
Unidade de abate e transformação da Avipronto com luz verde ambiental

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