uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Centro Social e Paroquial de Alcoentre em processo de reestruturação

Centro Social e Paroquial de Alcoentre em processo de reestruturação

Instituição negoceia com Segurança Social dívida de 60 mil euros

Já saíram quatro funcionárias do Centro Social e Paroquial de Alcoentre, concelho de Azambuja. Estão previstas mais rescisões amigáveis fruto da falta de trabalho. Instituição recebeu mais de 20 mil euros da câmara para poder manter as valências de infância.

O Centro Social e Paroquial de Alcoentre (CSPA), concelho de Azambuja, está a atravessar um processo de reestruturação. A instituição já chegou a acordo com quatro funcionárias e estão previstas mais algumas rescisões amigáveis. “Não temos utentes e não há trabalho para todas as pessoas. Estamos a recomeçar e a analisar as necessidades de cada área. Temos cerca de 30 funcionários mas vamos reduzir ainda mais o número de trabalhadores” revela o presidente da instituição, padre Tiago Neto, que em Outubro último assumiu o cargo, substituindo o padre Paulo Figueira.Actualmente a instituição conta com cerca de duas dezenas de idosos no seu centro de dia, presta apoio domiciliário a meia centena de famílias e tem menos de dez crianças nas valências de infância até ao pré-escolar – que encerrou nas instalações de Alcoentre (ver caixa) mas que se mantém, pelo menos até ao final do ano lectivo, no pólo de Vila Nova de São Pedro – com o apoio da Câmara Municipal de Azambuja. Na reunião camarária, realizada a 30 de Dezembro último, o executivo aprovou a proposta de atribuir 20.134,00 euros ao CSPA. O apoio financeiro será canalizado para efectuar o pagamento dos vencimentos base e encargos sociais de quatro funcionárias até ao final do ano lectivo, uma vez que a instituição “não tem recursos financeiros”.A manutenção das valências de infância no futuro é incerta. “Vamos ver se encerram. Temos de ponderar muito bem e vai depender de vários factores. Da sua necessidade social, das condições que temos para garantir o serviço, das instalações da instituição. E principalmente do parecer da Segurança Social de considerar viável ou não”, salienta o pároco.Quando tomou posse como presidente da CSPA, o padre Tiago Neto confessa que nessa altura não tinha o conhecimento real da situação da instituição, que deve cerca de 60 mil euros à Segurança Social. “Já apresentámos a candidatura com vista à negociação da dívida, que é a única que temos. Esperamos no primeiro trimestre deste ano ter uma resposta da Segurança Social”, avança o sacerdote.Apesar das dificuldades financeiras, que muito o preocupam, o padre Tiago Neto continua a acreditar no futuro da instituição “que desempenha um papel socialmente importante nas freguesias de Alcoentre e Vila Nova de São Pedro”. O padre Tiago Neto revela, inclusive, que já estão previstos vários projectos que terão o apoio do mecenato privado mas, por agora, escusa-se a adiantar do que se trata. Sobre quem lhe antecedeu tem uma opinião frontal. “Houve ausência de um projecto, falta de vontade de construir alguma coisa e desorientação na gestão corrente. Isso é que levou a esta situação”, garante.Pais retiram filhos do pré-escolar e valência encerraO jardim-de-infância do Centro Social e Paroquial de Alcoentre acolhia, desde o início do presente ano lectivo, apenas sete crianças. Em Dezembro quatro encarregados de educação decidiram retirar os seus filhos da instituição e colocá-los no Centro Escolar de Alcoentre, um estabelecimento público, que tem valência de Jardim- de-Infância . Perante tal cenário “a situação tornou-se insustentável”, refere em comunicado a direcção, que em conjunto com agrupamento escolar, pais e encarregados de educação, conseguiram colocar as restantes quatro crianças na mesma escola que os colegas. A decisão ditou o encerramento da valência do pré-escolar na instituição.
Centro Social e Paroquial de Alcoentre em processo de reestruturação

Mais Notícias

    A carregar...