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Médico deixa dois mil utentes sem assistência

A transferência do médico Carlos Neves da Unidade de Saúde Familiar (USF) de Santa Maria, em Tomar, para a extensão de Saúde de Carrazede (Paialvo) levou, na prática, a que menos 800 pessoas ficassem sem assistência clínica personalizada no concelho. O clínico, que deixou a USF por vontade própria, começou a atender na última segunda-feira, 11 de Janeiro, os utentes da freguesia de Paialvo que se estimam em cerca de 1200. Em Tomar tinha 2 mil utentes a seu cargo.Há três anos que a freguesia de Paialvo lutava pelo regresso de um médico ao posto de saúde, sendo o atendimento assegurado por três médicos que, de forma rotativa, davam consultas durante quatro manhãs por semana. “O Dr. Carlos Neves, para além de prestar consulta no posto, vai ainda fazer consultas ao domicílio a doentes acamados. Isso dá-nos algum conforto porque as pessoas mais idosas ficam com uma maior cobertura”, salientou o presidente da Junta de Freguesia de Paialvo, Custódio Ferreira (CDU).Em contrapartida, com esta mudança, cerca de dois mil utentes ficam sem médico de família em Tomar, passando a ser distribuídos por quatro clínicos da USF de Santa Maria e obrigados a recorrer à consulta de recurso, como qualquer utente que não tenha médico de família. “Não esperava de todo ficar sem médico de família desta maneira”, atestou Manuel Silvério quando sexta-feira se deslocou ao Centro de Saúde de Tomar para falar com o seu médico. De acordo com o coordenador da equipa do Centro de Saúde – USF Santa Maria, Gomes Branco (na ausência de João António, de baixa médica), apesar das recentes alterações a situação ainda está controlada. “Tivemos ontem (segunda-feira) uma reunião com o director do Agrupamento de Centros de Saúde do Zêzere e apresentamos uma proposta que passa pela reformulação da equipa”, adiantou o responsável a O MIRANTE. Neste momento, exercem actividade no Centro de Saúde de Tomar, em permanência, seis clínicos (já foram oito) mas, muito em breve, a equipa será reforçada com a contratação de uma médica interna que está a terminar a especialidade. “Um dos médicos já está garantido, o outro será para admitir”, aponta Gomes Branco, acrescentando que o problema de falta de médicos nesta Unidade não é tão grave como as situações que se passam, por exemplo, em Abrantes ou Torres Novas. Mesmo assim, espera ver o problema resolvido até ao final do primeiro semestre, voltando a equipa clínica a ser composta por oito médicos.

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