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População de Foros de Salvaterra farta de esperar por novo posto de saúde

População de Foros de Salvaterra farta de esperar por novo posto de saúde

Utentes são atendidos há mais de trinta anos em instalações provisórias

Ministério da Saúde dizia há um ano que o projecto de arquitectura e especialidades já estava em fase de apreciação. E que após esse procedimento seguir-se-ia o lançamento do concurso público.

A população de Foros de Salvaterra, concelho de Salvaterra de Magos, está farta de esperar pela construção de um novo posto de saúde. Em 2008 foi anunciado que as obras do novo edifício começariam no último trimestre desse ano. Já passaram quase dois anos e mantém-se tudo na mesma. O actual posto de saúde funciona há cerca de 30 anos em instalações provisórias na antiga sede de uma associação perto da junta de freguesia. A sala de espera não chega para as encomendas, fazendo com que alguns utentes esperem na rua pela sua vez. A cobertura do telhado em amianto também levanta preocupação a quem frequenta as instalações, pelos potenciais riscos para a saúde.“É inadmissível que os responsáveis pela saúde do nosso país não façam nada para melhorar o acesso ao serviço de saúde. Além de termos falta de médicos, o que faz com que tenhamos que nos levantar de madrugada se queremos ter consulta, ainda temos um centro de saúde sem as mínimas condições”, lamenta Ludovina Fernandes.Conceição Mendes, 72 anos, explica a O MIRANTE que sempre que precisa de consulta tem que se levantar a meio da noite e ir para a porta do posto à espera de conseguir uma vaga. “Não tenho idade para me levantar de madrugada e estar aqui ao frio e à chuva. E na sala de espera não é melhor. Faz muito frio no Inverno e muito calor no Verão, além das moscas que temos que andar a enxotar”, exemplifica. O vereador Jorge Burgal (PSD) também chamou a atenção para a falta de condições com que os utentes têm que lidar. “As mulheres grávidas que têm que ser examinadas naquelas instalações não têm o mínimo de privacidade uma vez que a sala de consulta dá ligação à copa. Deveriam ser colocadas paredes de pladur para haver um pouco mais de privacidade”, alertou o autarca em reunião de câmara.A presidente da Câmara de Salvaterra de Magos, Ana Cristina Ribeiro (BE), afirma estar disponível para colaborar com a Administração Central. “O executivo municipal não prometeu à população que iria construir o Centro de Saúde de Foros de Salvaterra e não o vamos fazer porque a câmara não se pode substituir à Administração Central. Mas vamos lutar para termos o novo Centro de Saúde de Foros construído o mais rápido possível”, disse a autarca na mesma reunião de câmara.O Bloco de Esquerda de Salvaterra também se manifestou contra a “inoperância do Ministério da Saúde” realizando uma conferência de imprensa em frente às instalações na manhã de segunda-feira, 11 de Janeiro. Recorde-se que o terreno para a construção da extensão do Centro de Saúde de Salvaterra de Magos, em Foros de Salvaterra, foi disponibilizado pela câmara há oito anos. Administração Regional de Saúde garante que projecto é para concretizarA Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) disse a O MIRANTE, em Janeiro do ano passado, que o projecto de arquitectura e especialidades do novo Centro de Saúde de Foros de Salvaterra já estava em fase de apreciação. E que após esse procedimento seguir-se-ia o lançamento do concurso público para a sua construção, mas ainda sem previsão de data para conclusão dessa obra. Agora a ARSLVT continua a garantir que a construção de instalações para uma Unidade de Saúde Familiar (USF) em Foros de Salvaterra continua a ser um dos projectos que tem em marcha na região. A infra-estrutura de Foros de Salvaterra tem como fonte de financiamento o Orçamento de Estado através do PIDDAC. O projecto foi adjudicado à Firma Aripa - Ilídio Pelicano Arquitectos, S.A. “Neste momento uma nova versão do projecto de execução (entregue à ARSLVT em 18 de Dezembro de 2009) está em apreciação por parte do departamento de instalações e equipamentos da ARSLVT para que esta possa avalizar se o mesmo está de acordo com as especificações que um equipamento de saúde necessariamente tem e para que o mesmo possa ser aprovado pela ARSLVT. Até ao final do mês de Janeiro de 2010 a ARSLVT deverá pronunciar-se definitivamente sobre o projecto de execução”, refere o gabinete de comunicação da ARSLVT.
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