“Solar Project”, uma empresa especializada em sistemas de energias renováveis com base no aproveitamento da energia solar, que opera por meio do franchising, inaugurou a sua loja em Ourém no dia 14 de Janeiro. Pretende ainda servir as populações dos concelhos de Tomar, Torres Novas, Golegã, Vila Nova da Barquinha e Ferreira do Zêzere, neste que é o 11º franchising da marca a abrir portas desde 2008. O objectivo, esclareceu o director comercial da “Solar Project”, Paulo Luz, é expandir-se por todo o território nacional, atingindo a meta das 30 lojas.O método de trabalho obedece ao modelo chave na mão. Conforme explicou Paulo Luz, o franchisado tem um papel sobretudo comercial. Compete-lhe deslocar-se à habitação do interessado e fazer um levantamento das necessidades existentes e das condições técnicas que o espaço oferece. A partir deste momento a informação é encaminhada para o gabinete técnico do “Solar Project”, que desenvolve uma solução adequada, orçamento, competindo ao franchisado fazer o acompanhamento de todo o processo, instalação, até ao resultado final. Na loja de Ourém será possível aceder a painéis de energia solar térmica, que permitem o aquecimento de águas sanitárias e climatização (com diminuições energéticas estimadas nos 70 a 80 por cento), painéis de energia solar fotovoltaica, redutores de caudal (com resultados a nível de poupança de água entre os 40 a 60 por cento) e lâmpadas economizadoras. Produtos que Paulo Luz prefere denominar de “soluções”, uma vez que são estabelecidas “à medida das necessidades das pessoas” e “permitem essencialmente poupança” energética ou uma aplicação financeira com excelentes taxas.Numa casa tradicional, sem preparação para receber este tipo de tecnologias, Paulo Luz calcula em cerca de 15 a 20 mil euros um investimento em energia solar fotovoltaica. Já no que toca a energia solar térmica, dependendo do produto e das necessidades, existem soluções a partir dos 2 mil euros. Afirma, porém, que a ideia sobre uma tecnologia demasiado dispendiosa “é um mito que convém quebrar”. Hoje, esta tecnologia encontra-se “madura”, “fruto de imensas economias de escala” e beneficiando de apoios que a tornam acessível ao consumidor final. As vantagens apresentadas pela empresa são variadas. É assegurado um rápido retorno do investimento e a durabilidade do sistema. E conta com benefícios fiscais. Paulo Luz refere ainda “uma receptividade crescente por parte do público em geral”, apesar de confirmar algum tradicionalismo, resultante em grande parte da falta de informação do público. Como tal, destaca, a formação fornecida a toda a rede de parceiros “é em primeiro lugar informar, desmistificar o conceito de que é uma tecnologia cara, inacessível”.Aquando da abertura do primeiro franchising, em 2008, a aposta foi direccionada para as 30 lojas até ao fim de 2009. O contexto económico nacional fez moderar os objectivos, mas no próximo dia 28 abre nova loja em Almada. Paulo Luz fala numa evolução “interessante” em Portugal, uma vez que o “projecto acaba por viver do patrocínio dos franchisados”, tornando-se praticamente independente. As lojas no activo têm tido ritmos diferentes, mas a empresa encontra-se “bastante contente” pela resposta do mercado, em que contribuiu em grande parte o apoio à aquisição de painéis solares térmicos promovido pelo Ministério da Economia e Inovação.Do mesmo optimismo partilha João Henriques, responsável pelo “Solar Project” de Ourém. Durante as obras, já várias pessoas entraram nas instalações com interesse no projecto. Sendo esta uma ideia que possuía há alguns anos, sente-se motivado com as perspectivas que lhe traz a região. Conforme notou, este é um concelho “dinâmico”, com um grande número de empresas.