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Lay-off na Fiação de Torres Novas prolongado por mais seis meses

Lay-off na Fiação de Torres Novas prolongado por mais seis meses

Trabalhadores têm em atraso subsídio de férias de 2008 e 2009 e ainda o último subsídio de Natal
O regime de “lay-off”, implantado desde 7 de Junho na Companhia Nacional de Fiação e Tecidos de Torres Novas, foi prorrogado por mais seis meses. A medida, que implica uma redução temporária do período normal de trabalho e pressupõe uma redução do salário dos trabalhadores em dois terços (embora nunca abaixo do ordenado mínimo nacional), pretende, segundo apurámos, dar mais algum tempo para que se encontrem soluções com vista à viabilidade da empresa, fundada em Torres Novas em 1845. O clima de instabilidade começou a sentir-se no início de 2009, altura em que o salário começou a ser pago em duas tranches. A empresa dá emprego a 148 pessoas, na sua maioria mulheres. Os trabalhadores têm em atraso o subsídio de férias relativo aos anos de 2008 e 2009 e ainda o subsídio de Natal do último ano. Referindo que existe um “véu de silêncio” em redor da actual situação da Companhia Nacional de Fiação e Tecidos de Torres Novas, António Gomes, dirigente do Bloco de Esquerda de Torres Novas, anunciou que o seu partido questionou o Ministro da Economia e da Inovação “se está a acompanhar a situação desta empresa e dos seus trabalhadores” e ainda “que medidas pretende tomar no sentido de averiguar da viabilidade da empresa e contribuir para desbloquear as dificuldades que a mesma atravessa”. A resposta foi, para os bloquistas, muito evasiva. “Não nos respondeu de uma maneira clara nem nos disse que iniciativas iriam ser tomadas”, apontou António Gomes que escreveu também à Câmara de Torres Novas com o objectivo de saber se está atenta ao problema. Perguntas que também ficaram sem qualquer resposta. “Achamos que a autarquia se devia envolver mais com este assunto e também não registámos qualquer movimentação por parte da mesma com vista a resolver o problema”, critica. De acordo com José Gusmão, deputado bloquista com assento na Assembleia da República eleito pelo círculo de Santarém, também foi pedida uma audiência com a administração da Companhia Nacional de Fiação e Tecidos de Torres Novas, reunião que chegou a estar marcada para o dia 15 de Dezembro mas que foi desmarcada à última hora, alegando a empresa motivos de saúde por parte do administrador. “Não voltaram a reagendar essa reunião. Estranhamos que uma empresa em dificuldades não queira partilhar as suas dúvidas e obter apoio”, considera José Gusmão. Os dois responsáveis consideram ainda muito estranho que não tenha sido pago aos funcionários pelo menos cinquenta por cento do subsídio de Natal, verba que, em regime de lay-off, é suportada pela Segurança Social. “São verbas pagas pelo Estado e que estão a ser retidas pela administração para o fim a que não se destinavam”, acusam. O MIRANTE enviou um pedido de esclarecimentos à actual administração da Companhia Nacional de Fiação e Tecidos de Torres Novas mas a resposta não chegou até ao fecho desta edição.
Lay-off na Fiação de Torres Novas prolongado por mais seis meses

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