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Cem anos de Martins Correia começam a ser comemorados sem a escultura prometida

Cem anos de Martins Correia começam a ser comemorados sem a escultura prometida

Representação de cavalo branco feita pelo mestre será convertida em escultura

Município da Golegã aceitou desafio para apresentar escultura no ano em que se assinala centenário do nascimento do artista natural da vila.

A escultura que será criada a partir de uma representação de um cavalo feita pelo artista plástico Martins Correia ainda não está pronta nem sequer ainda está decidido quem será o responsável pela obra de arte que deverá ser instalada num espaço público. Conforme O MIRANTE noticiou na edição 12.Fevereiro.2009, o vice-presidente da Câmara da Golegã, Rui Medinas, (PS) aceitou o repto de um antigo aluno de Martins Correia, José Aurélio, que lamentou o facto da terra natal do artista ainda não ter uma escultura baseada no cavalo branco criado pelo mestre, falecido em 1999. Rui Medinas disse então que 2010, ano em que se comemora o centenário do nascimento do escultor natural da Golegã, seria a altura ideal para concretizar a homenagem. O desafio foi lançado e aceite durante um debate intitulado “Encontros com Martins Correia”, realizado no dia do 99º aniversário do escultor (7.Fevereiro) no espaço Equuspolis, na Golegã.O presidente do município, José Veiga Maltez (PS), confirmou a O MIRANTE que a escultura baseada no cavalo branco esculpido por Martins Correia ainda não está pronta. Mas será apresentada ao público até Fevereiro do próximo ano. “Começamos a comemorar os cem anos de vida do mestre Martins Correia agora no início de Fevereiro e terminaremos em Fevereiro de 2011. Vão ser doze meses de actividades para assinalar a data, elevando sempre o nome do mestre que nasceu na Golegã”, salientou o autarca.Joaquim Martins Correia nasceu a 7 de Fevereiro de 1910 na Golegã e morreu a 30 de Julho de 1999. Ficou órfão em criança, na sequência da morte dos pais atingidos pela gripe pneumónica, tendo ficado ao cuidado de uma senhora. Ingressou no colégio Casa Pia em Novembro de 1922, onde concluiu o curso industrial. Foi-lhe concedida uma bolsa de estudo para frequentar a Escola de Belas-Artes de Lisboa.Foi professor do ensino técnico profissional na Escola Rafael Bordalo Pinheiro, nas Caldas da Rainha, e em Lisboa, nas escolas Marquês de Pombal, Machado de Castro, Afonso Domingues e António Arroio. Começou a expor em 1938. Em 1944 e 1945 esteve em Espanha e Itália com uma bolsa que recebeu do Estado. A estátua evocativa do centenário do nascimento de São Francisco Xavier, colocada em Goa, Índia, é de sua autoria. É o autor dos bustos em bronze de Sofia de Mello Breyner Anderson, Miguel Torga, Jaime Cortesão, Natália Correia, Fernando Namora, entre outros. Uma das suas últimas preocupações foi a conservação do seu espólio que se encontrava num edifício setecentista sem condições. Em 2003, o museu municipal Martins Correia foi transferido para o edifício Equuspolis.
Cem anos de Martins Correia começam a ser comemorados sem a escultura prometida

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