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Joaquim Eduardo

Joaquim Eduardo

53 anos, empresário de restauração, Torres Novas

Natural da aldeia de Soudos, Tomar, onde nasceu em 1956, começou por trabalhar na venda de produtos químicos de manutenção industrial mas o gosto pela restauração levou-o a abrir um restaurante em Torres Novas. Entretanto, ganhou a concessão do restaurante da Nersant, que gere há oito anos. Adora cozinhar e se pudesse era só o que fazia. Conta com a ajuda dos três filhos e a mais nova quer mesmo seguir-lhe as pisadas. Nos tempos livres gosta de comprar velharias e diverte-se a cozinhar petiscos para os amigos.

Estou na restauração há 17 anos. A minha avó confeccionava comida para casamentos e a minha mãe fazia muitos doces. Cresci a ver cozinhar e o bichinho ficou sempre. Aos 16 anos ofereci-me como voluntário para a Marinha, onde estive até aos 19. Saí mais cedo por causa do 25 de Abril e fui trabalhar para uma casa de electrodomésticos em Tomar, onde estive durante quatro anos. Saí porque achava que não ganhava o suficiente. Trabalhei durante 12 anos na venda de produtos químicos de manutenção industrial. Foram muitos anos a almoçar e a jantar fora. O acaso – e o gosto que tinha por este ramo - levou-me a comprar um restaurante em Torres Novas, a Távola. Entretanto, ganhei a concessão da Nersant e aqui estou há oito anos. No restaurante lidero a parte da cozinha e da sala. Não há nada que saia para a mesa sem a minha aprovação. Já depois de ter o restaurante fiz dois cursos de formação ao nível da cozinha, promovidos pela Região de Turismo.Sou um bom garfo. Gosto de cozinhar e proporcionar refeições agradáveis. Por isso pus o nome à minha firma de Saber Comer – Restaurante, Lda. Gosto, em primeiro lugar, de estar na cozinha e depois do contacto com as pessoas. Idealizo algumas receitas e estudo formas diferentes de apresentar um prato. Tiro algumas ideias de livros e tento mudar a ementa com regularidade. A nossa principal especialidade é o Cabrito à Serra D’ Aire, assado no forno com uma batata assada, grelos e arroz de miúdos.Costumo fechar durante três semanas no Verão. Uma semana é para descanso e as outras duas para fazer manutenção no restaurante. Temos um restaurante aberto para toda a gente. A refeição média fica em 17 euros e estamos abertos de segunda a sábado. Temos grupos que se reúnem mensalmente e que só sabem o que vão comer quando se sentam à mesa. Confiam em nós. Os meus colaboradores trabalham comigo há muitos anos. Somos cinco, no total. A minha esposa dá-me uma ajuda e tenho uma filha de 18 anos que tirou um curso profissional de cozinha e agora quer seguir para um curso superior na área de Hotelaria. Os meus outros dois filhos, estão a tirar os seus cursos superiores de Gestão e Engenharia em Coimbra, mas também me ajudam no serviço. Lá em casa também cozinho. Fui eu que preparei o petisco para os amigos no baptizado dos meus filhos, ainda eu não pensava em abrir um restaurante. Recebo com frequência a visita do chefe Silva ou Filipa Vacondeus que param aqui para beber um chá e conversar comigo. Trocamos muitas ideias. Se pudesse escolher, seria só cozinheiro.Vivo no Entroncamento mas escolhi trabalhar em Torres Novas porque vi que era uma cidade que estava a crescer. Senti que poderia encontrar aqui um certo tipo de clientela e isso, felizmente, temos conseguido. Um cliente bem servido volta sempre.Vivo, praticamente, no restaurante. Só vou a casa para dormir. Ao domingo tento espairecer, quando há essa hipótese. Às vezes saio bastante tarde do restaurante ao sábado e o domingo serve para orientar as coisas para a próxima semana. Nos meus tempos livres, gosto de petiscar e fazer petiscos para os amigos em minha casa. Também gosto de comprar velharias, especialmente alfaias agrícolas, e tratar do seu restauro. Utilizo algumas destas peças na decoração deste espaço. Elsa Ribeiro Gonçalves
Joaquim Eduardo

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