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Os homens das motas que levam mais longe o nome de Alhandra

Os homens das motas que levam mais longe o nome de Alhandra

Moto Clube de Alhandra foi fundado em 2001 e não pára de crescer

A sede do clube está bem no alto da serra de Alhandra, frente ao monumento a Hércules. Fundado em 2001 o moto clube da vila não pára de crescer e já prepara a sua concentração anual, evento que junta mais de um milhar de pessoas. “As motas são uma paixão”, confessa o presidente da direcção.

O Moto Clube de Alhandra não pára de crescer e tem levado o nome da vila do concelho de Vila Franca de Xira um pouco por todo o País, quer em concentrações, exposições e até eventos de solidariedade. Fundado por 15 amigos amantes das duas rodas, a 11 de Setembro de 2001, o clube tem hoje mais de 200 sócios, o que faz da colectividade um dos maiores motoclubes do concelho.“O grupo já partilhava da paixão das duas rodas há muitos anos até que decidiram oficializar as coisas e chamaram-lhe Moto Clube de Alhandra. No início tiveram bastantes dificuldades em arranjar uma sede para o clube mas depois a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira decidiu arranjar-nos uma sede própria”, conta Sérgio Oliveira, presidente da direcção.O local, que antes não passava de um conjunto de casas devolutas e em ruínas próximo do monumento a Hércules, na serra de Alhandra, está hoje recuperado e arranjado pelos motards. Este ano estão em curso obras no valor de 20 mil euros, sobretudo na pavimentação do espaço, numa obra cujo custo é suportado pelo clube e pela autarquia.A sua prova principal é a concentração anual, que em 2010 será a nona consecutiva. Todos os anos o clube de Alhandra junta perto de 600 motas e mais de um milhar de pessoas. “Este ano será novamente no último fim-de-semana de Maio. É a nossa principal prova. Depois também participamos em encontros e eventos de outros clubes por esse país fora, sempre com o nome de Alhandra ao peito”, conta a O MIRANTE.A participação em provas de solidariedade é também uma componente frequente entre os amantes das duas rodas deste clube. “Fizemos o ano passado um encontro para ajudar uma casa de órfãos em Montemor e fomos a um espectáculo organizado pela escola Reynaldo dos Santos no Ateneu Artístico Vilafranquense”, conta Sérgio Oliveira. Em algumas alturas, a pedido dos sócios, os passeios todo-o-terreno (organizados anualmente no mês de Novembro) são também abertos aos jipes. Apesar de ter as portas abertas para todos os amantes das duas rodas, para se ser sócio do clube é preciso passar uma triagem. “Convém aparecer e conviver com os outros sócios primeiro antes de se inscrever. Isto porque a pessoa pode depois não gostar do ambiente ou das pessoas que aqui estão e deixar de aparecer e pagar as quotas. Não queremos isso. Por isso não fechamos a porta a ninguém, todos são recebidos de braços abertos. Mas antes de ser sócio convêm a pessoa ter a certeza de que é isso que verdadeiramente quer”, explica o presidente da colectividade.As dúvidas relacionadas com a mecânica das duas rodas têm quase sempre explicação no moto clube e as motas antigas e clássicas são também recebidas com agrado. “Um dos nossos colegas da direcção também tem motas antigas e é um verdadeiro apaixonado”, revela o nosso interlocutor.A saúde financeira do clube é estável embora o presidente da direcção admita que o dinheiro existente nunca é suficiente. “Fazia falta mais uma mãozinha do lado privado, porque da Câmara Municipal não temos motivos de queixa, nunca nos faltaram com nada. No Duatlo das Lezírias também damos assistência à organização, levando fotógrafos e jornalistas, a meio e na frente da corrida, por isso há muita entreajuda” revela Sérgio Oliveira. Mas o que é, afinal, esta paixão das motas? O presidente da direcção tentou explicar: “É uma sensação única, de liberdade, rebeldia e adrenalina. Até o vento a bater na cara é uma paixão. Isto é muito difícil de explicar”, afirma. Actualmente guia uma Yamaha YZF e, tal como os restantes motards, “a paixão é para a vida”, assegura.
Os homens das motas que levam mais longe o nome de Alhandra

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