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Duas mil e quinhentas mensagens de telemóvel e uma serenata de música moderna

Duas mil e quinhentas mensagens de telemóvel e uma serenata de música moderna

Afinal ainda se escrevem cartas de amor e há quem sonhe com declarações originais

Já não se escrevem cartas de amor em papel perfumado mas o espírito do romantismo mantém-se. Há apaixonados capazes de enviar duas mil e quinhentas mensagens de telemóvel por semana e outros que sonham com serenatas no mais puro estilo clássico mas ao som de música moderna.

Um dia Constança recebeu uma mensagem inesperada no telemóvel: “Então como está a rapariga mais bonita do liceu?”, perguntou Pedro. “A rapariga mais bonita do liceu não sei, mas eu estou bem”. A resposta foi ligeiramente evasiva, como convém, mas o momento marcou o início de uma história de amor entre os dois jovens que já dura há dois anos e três meses. As mensagens de telemóvel substituíram as cartas em papel perfumado de outros tempos mas o espírito está lá. “Acho que antigamente as pessoas até tinham mais dificuldade em mostrar os afectos”, garante Vasco Esteves, romântico assumido, aluno do 12º ano da Escola Secundária Sá da Bandeira, em Santarém, que garante enviar semanalmente à namorada uma média de 2500 (duas mil e quinhentas) mensagens de telemóvel, recebendo, da mesma, outras tantas. Nem todos os textos dedilhados com o polegar em poucos segundos são sobre questões do coração. Há a rotina que se partilha e uma ou outra opinião. Vasco sorri enquanto procura o último sms enviado que tenha um cunho mais associado ao romance. “Amo-te de verdade”. Foi uma das frases que se orgulha de ter enviado à namorada. “É um pleonasmo, mas serve para vincar a ideia”, explica-se. Mas um abraço e um olhar profundo podem dizer mais do que muitas palavras. Por ela faz viagens longas e escreve cartas. Ela também sabe como lhe agradar e até já lhe ofereceu uma claquete de cinema. Prova de que o conhece bem e de que se augura um “filme” com um final feliz.Joana Santos e Miguel Ferreira não têm ainda com quem partilhar os milhares de sms’s, mas admitem que gostariam de ser surpreendidos. Fosse com um elogio a uns originais olhos azuis ou com uma declaração pouco usual. Há quem não goste de esperar por dias instituídos em determinadas alturas do ano, como o dia dos namorados, para demonstrar o que sente. “Demonstramos que gostamos um do outro, todos os dias”, explica Pedro. Aos 17 anos também se sonha com uma serenata à moda antiga, mas ao som de música moderna. Não tinha que ser de uma janela do liceu onde estuda, explica Sofia Pacheco. A vivenda onde reside serviria na perfeição. As flores nunca são demais, aconselha. Tal como os chocolates. Mas convém não abusar nos peluches.
Duas mil e quinhentas mensagens de telemóvel e uma serenata de música moderna

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