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Força Aérea irredutível obriga câmara de Vila Franca a trabalhar noutro traçado

Força Aérea irredutível obriga câmara de Vila Franca a trabalhar noutro traçado

Troço nascente da Circular Urbana de Alverca é cada vez mais uma miragem

Instituição militar escuda-se na lei para não autorizar o traçado nascente da Circular Urbana de Alverca que atravessaria terrenos militares. Autarquia equaciona ainda hipótese de avançar com declaração de interesse público mas acredita mais na alternativa a poente.

A Força Aérea Portuguesa (FAP) está “absolutamente irredutível” e não cede os terrenos das actuais instalações para a construção do troço da Circular Urbana de Alverca (CUA) a nascente da linha-férrea, justificando que “não pode ir contra a lei”, já que se trata de uma zona de “servidão militar e aeronáutica”. Explicações dadas pelo vice-presidente da câmara de Vila Franca de Xira durante a última reunião do executivo camarário, que decorreu na quarta-feira, 10 de Fevereiro. Alberto Mesquita dava conta das conclusões da reunião que a autarquia manteve com as chefias militares a 4 de Fevereiro.“Saí daquela reunião com a sensação de que de facto temos de trabalhar noutro traçado porque aquele não o conseguimos resolver. Só se consegue resolver uma coisa quando as partes envolvidas estão disponíveis para o efeito. Uma não está. Está antes, absolutamente fechada e irredutível. E não vejo meio de sairmos disto”, revelou Alberto Mesquita.O município equaciona ainda a hipótese de apresentar a declaração de interesse público para os terrenos em causa, mas perante a intransigência da instituição militar, e a urgência de se encontrar uma alternativa à congestionada Estrada Nacional 10, está decidido em seguir outra alternativa. A de optar pelo traçado da CUA a poente, uma vez que esta situação já se arrasta há mais de dez anos e até agora nada foi feito a não ser gastar milhares de euros em estudos e avaliações. “Não se trata de desistência. A autarquia tem lutado sempre no sentido de que a Circular Urbana de Alverca passe pelo traçado a nascente. Agora, a câmara municipal não é um bulldozer que possa ir contra a parede e parti-la. Não conseguimos ultrapassar questões legais que a FAP nos coloca, como são a servidão militar e aeronáutica”, esclarece Alberto Mesquita.De acordo com o autarca a câmara tem feito tudo no sentido de desbloquear o impasse mas tem sempre esbarrado na intransigência dos militares que alegam razões técnicas e de segurança. Em causa estão possíveis interferências com as transmissões militares que regulam o tráfego aéreo e a insegurança gerada pela construção de um viaduto junto do perímetro militar.“Se estivermos mais dez anos à espera que a FAP dê um parecer que, provavelmente nunca irá dar, estamos a hipotecar a possibilidade de construir num outro local, que não é o que desejaríamos, mas que não tivemos condições, porque há entidades competentes nesta matéria que não nos dão esse parecer”, lamenta o autarca que acrescenta. “A minha opinião pessoal é que temos de construir uma alternativa à EN10. Não podemos ficar parados”, alerta, apontando o caminho para a construção da Circular Urbana de Alverca, mas a poente.
Força Aérea irredutível obriga câmara de Vila Franca a trabalhar noutro traçado

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