O deputado do PSD eleito pelo distrito de Santarém, Vasco Cunha, considera que da forma como o Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) está concebido é preferível acabar com ele. O deputado, que também é presidente da distrital social-democrata, diz que o documento não tem informações essenciais para que se possa perceber que investimentos estão previstos. Vasco Cunha realçou que a falta de informação que assola o PIDDAC leva à arbitrariedade dos ministros na atribuição dos investimentos para os concelhos. “Os investimentos têm que ser transparentes aos olhos da opinião pública”, realça, acrescentando que “ou o PIDDAC acaba na forma como está feito ou então tem que conter informação”. O deputado questionou ainda, numa conferência de imprensa sobre o PIDDAC para o distrito, o facto dos investimentos da Estradas de Portugal não estarem reflectidos no plano. Pegando no mote das estradas, o deputado Pacheco Pereira desafiou o ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, enquanto primeiro eleito do PS pelo distrito, a explicar porque foi abandonada a concessão rodoviária do Ribatejo. “Que venha explicar à população por que razão o que considerava um dos aspectos fundamentais da sua campanha - a concessão de auto-estradas e estradas no Ribatejo - foi abandonado sem qualquer explicação”, disse Pacheco Pereira. O deputado frisou que, durante a campanha eleitoral, o PSD sempre “recusou assumir compromissos de manter essas concessões porque já suspeitava que a situação económica do país não permitia avançar com esses compromissos do PS”. Mas, acrescentou, “em todos os debates, todas as comunicações, todas as declarações públicas, um dos aspectos centrais da campanha do PS era acusar o PSD de suspender, adiar ou terminar essa concessão de auto-estradas e estradas prometidas pelo Governo. Por isso, há uma explicação que o PS, e em particular Jorge Lacão, deve à população do distrito”.Segundo Vasco Cunha, o PSD não vai propor a inclusão de obras para o distrito no PIDDAC para 2010, mas tem vindo a fazer requerimentos aos vários ministérios para se perceber quais são os investimentos previstos para a região nas áreas que tutelam. Um deles tem a ver com os compromissos assumidos pelo Ministério das Obras Públicas, no anterior governo, de compensar alguns municípios da região por causa da deslocalização do aeroporto da Ota para o Campo de Tiro de Alcochete. Situação que, revelou a deputada Carina Oliveira, está parada. Na conferência de imprensa realizada segunda-feira os deputados do PSD criticaram a proposta de PIDDAC para o distrito, com um valor de investimento previsto de 17,2 milhões de euros, menos 72,4 por cento que no ano de 2009. Vasco Cunha realçou que o distrito tem vindo a ser prejudicado ao longo dos últimos cinco anos.