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Taludes antigos e casas abandonadas em Vialonga põem em risco segurança da população

Taludes antigos e casas abandonadas em Vialonga põem em risco segurança da população

Uma derrocada perto da Unidade de Saúde Familiar gerou o pânico e arrastou um automóvel

Um talude ruiu próximo da Unidade de Saúde Familiar de Vialonga, concelho de Vila Franca de Xira, na quinta-feira, 18 de Fevereiro. Os utentes não ganharam para o susto e o automóvel de um médico ficou destruído. A junta de freguesia alerta para a existência de mais situações a necessitar de intervenção urgente.

Na freguesia de Vialonga, concelho de Vila Franca de Xira, existem taludes antigos e casas abandonadas em perigo de derrocada que colocam em risco a segurança da população. O alerta é dado a O MIRANTE pelo presidente da Junta de Freguesia de Vialonga, onde na quinta-feira, 18 de Fevereiro, um talude perto da Unidade de Saúde Familiar cedeu arrastando uma viatura.José Gomes (CDU) alerta para uma dezena de casas abandonadas na rua principal da freguesia que ameaçam ruir há vários anos sem que tenham sido ainda alvo de uma intervenção. Também diversos taludes e muros de suporte de terras espalhados ao longo da freguesia estão fragilizados e a necessitar de obras urgentes por parte dos seus proprietários. “Existem muitas situações destas na freguesia. Os proprietários dos terrenos não cuidam deles e não salvaguardam a segurança das casas e dos taludes. Para nós uma das mais perigosas é o conjunto de casas devolutas na rua principal, que de um momento para o outro pode abater sobre a via pública. Numa delas já houve um incêndio e as paredes estalaram. Temos andado junto da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e da Protecção Civil a solicitar que sejam tomadas medidas no sentido de derrubar aquelas casas porque passam ali muitos peões diariamente”, alerta José Gomes, acrescentando que “a queda daquelas casas põe em risco a segurança das pessoas”. O MIRANTE entrou em contacto com a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira para obter mais esclarecimentos sobre esta matéria mas nenhuma resposta nos foi enviada até à data de fecho desta edição.As preocupações do presidente da junta foram expressadas no dia em que o talude de terras cedeu e arrastou consigo a viatura de um médico que prestava serviço na Unidade de Saúde Familiar (USF). Devido à falta de lugares de estacionamento próximo do centro de saúde este era um terreno usado com frequência pelos utentes e funcionários para estacionar os automóveis. Passavam poucos minutos das 11h30 de quinta-feira, 18 de Fevereiro quando os utentes foram surpreendidos com a movimentação de terras. “Estava na sala de espera para ser atendida quando se sentiu o edifício a tremer, ouviu-se um grande estrondo e tivemos muito medo”, recorda Isilda Santos, utente. O ruído e as vibrações fizeram muitos acreditar que estavam perante um tremor de terra. “As pessoas que estavam dentro do edifício ficaram todas com uma cara de pânico que nunca tinha visto na minha vida. A minha primeira reacção foi sair a correr para a rua para ver o que se passava.”, conta Pedro Fernandes, utente. O talude, com mais de uma década e fragilizado por vários dias de chuva intensa, cedeu e levou consigo um Hyundai Santa Fé de um dos clínicos que prestava serviço na USF. O terreno era propriedade privada. “Cheguei a Vialonga pelas 08h00. Estacionei no único local que havia disponível. Não é um local onde habitualmente estacione, mas era o que estava disponível. Quando ouvi o estrondo vim à rua verificar o que se tinha passado e vi o carro neste estado. Houve algum susto dentro do edifício porque as estruturas estremeceram devido ao volume e ao peso das terras que se movimentaram. Algumas pessoas tiveram receio que houvesse danos estruturais no edifício”, relata José Mendonça, proprietário da viatura. O acidente, que não causou vítimas, mobilizou quatro viaturas e dez homens do corpo de bombeiros voluntários de Vialonga. “O serviço municipal de protecção civil já esteve no local a efectuar uma avaliação e concluiu que o edifício do centro de saúde está seguro e não foi afectado pelas vibrações da derrocada”, tranquilizou o comandante dos bombeiros, José Sousa.
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