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Escorregou em amaciador derramado em supermercado mas justiça ilibou empresa

Escorregou em amaciador derramado em supermercado mas justiça ilibou empresa

Cliente do Pingo Doce de Samora Correia revoltado com decisão do Tribunal de Benavente

Há cinco anos escorregou em amaciador derramado no Pingo Doce de Samora Correira, Benavente, mas o tribunal absolveu a empresa do pagamento de uma indemnização. Salvador Lopes está revoltado com a sentença.

Um cliente do supermercado Pingo Doce de Samora Correia, concelho de Benavente, está revoltado com a sentença do Tribunal de Benavente que absolveu aquela superfície comercial do pagamento de uma indemnização. Em causa está uma queda sofrida por Salvador Lopes junto às caixas do supermercado quando pisou detergente amaciador derramado no chão e sofreu várias lesões cervicais. O queixoso diz-se revoltado com a decisão da justiça.A situação remonta a 7 de Agosto de 2005. Salvador Lopes, morador em Vila Franca de Xira e empresário que explora o bar-restaurante do quartel dos Bombeiros de Samora Correia, deslocou-se ao Pingo Doce de Samora Correia para comprar dois produtos.Ao sair das caixas já com as compras dirigiu-se ao multibanco dentro de superfície comercial mas regressou à zona de saída das caixas para levar as chaves de que se tinha esquecido. Nessa altura pisou algo escorregadio – que se veio a verificar ser amaciador - que o fez cair desamparado. Atendido pelos Bombeiros de Samora Correia, foi levado para o Hospital de Vila Franca de Xira, onde lhe foram detectadas lesões cervicais. Durante três meses Salvador Lopes cliente andou em tratamento numa clínica da cidade. Pior foi negociar com o Pingo Doce e a seguradora da superfície comercial. Salvador Lopes diz que apenas quiseram suportar os custos do hospital e decidiu interpor um processo no Tribunal de Benavente com um pedido de indemnização de 3.201,18 euros. Para sua surpresa e desagrado, quatro anos depois dos factos o tribunal singular julgou improcedente a sua acção e também um pedido posterior de anulação da primeira, interposto pelo seu advogado. Na sentença de Julho de 2009, a juíza Carla Novais dá como provadas as lesões sofridas por Salvador Lopes devido à queda por pisar um produtor amaciador mas sustenta que a funcionária da caixa avisou os clientes para aquela situação, encerrou a caixa e solicitou na loja a limpeza do local. Uma situação que salvador Lopes desmente. “Esteve lá tudo na mesma ainda bastante minutos, até os bombeiros terem chegado”, garante.Na decisão a juíza chega mesmo a referir-se à conduta imprevista de Salvador Lopes quando este regressou à zona de check-out, depois de ter feito as suas compras, e dá como não provado que o cliente tenha caído junto às caixas como alega. Salvador Lopes sente-se revoltado. “Sinto-me injustiçado e humilhado. Podia ali ter ficado paraplégico para a vida, se fosse um idoso ou uma criança era o que acontecia. A justiça foi cega, sinto-me ultrajado pela juíza que tratou deste processo. Não posso acreditar na justiça de maneira nenhuma”, desabafa Salvador Lopes. O ex-cliente do Pingo Doce diz não compreender como é que se toma uma decisão contrária aos seus interesses quando o gerente de então da superfície comercial assumiu a responsabilidade do acidente em tribunal. “Fico marcado para o resto da vida, já que sinto logo as dores com a mudança de tempo. Além disso neste processo gastei dinheiro com tratamentos e com advogado, prejudicando pagamentos a fornecedores do meu estabelecimento. Ainda por cima a minha mulher teve de trabalhar o dobro das horas para manter o espaço”, recorda desgostoso. Salvador Lopes diz que vai continuar a recorrer até lhe ser dada razão no processo. O MIRANTE contactou a administração do Pingo Doce via e-mail mas não obteve resposta até ao fecho desta edição.
Escorregou em amaciador derramado em supermercado mas justiça ilibou empresa

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